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PRESÍDIO
Polícia aponta armas para parentes de detentos
Presos libertam quatro reféns no segundo dia de rebelião em Bangu
DA SUCURSAL DO RIO
No segundo dia da rebelião no
presídio de Bangu 3 (zona oeste
do Rio), quatro reféns -uma
grávida, dois agentes feridos e
uma médica- foram libertados.
As negociações se encerraram às
19h de ontem e serão retomadas
às 7h de hoje.
O número de reféns continua
incerto. Segundo a médica libertada, identificada apenas como
Alessandra, há 40 reféns. Um major, que se identificou apenas como Fontenelle e está comandando as negociações, fala em 32.
De acordo com o secretário de
Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, o número de reféns está entre 12 e 15.
Na volta do enterro do agente
do SOE (Serviço de Operações Especiais do Sistema Penitenciário)
Luís Claudio Lima Bonfim, morto
na terça, um comboio de carros
do SOE entrou em alta velocidade, com armas apontadas para
parentes dos presos.
Segundo o major Fontenelle, os
agentes entraram no complexo
atirando para o alto, e parentes de
presos e de reféns se desesperaram. Por causa do clima tenso, os
negociadores da PM proibiram os
carros do SOE no complexo.
Um dos rebelados disse à imprensa, por celular, que pediram
o religação da água e da luz em
troca da libertação. Ele afirmou
que o acordo não foi cumprido.
A médica Alessandra, libertada
ontem à tarde com a missão de divulgar uma carta com a reivindicação dos presos, afirmou que todos estão sendo bem tratados, na
medida do possível, já que falta
água e luz e o calor é insuportável.
As exigências dos presos -de
presença de autoridades, da pastoral penal e de organizações de
direitos humanos- foram atendidos. O único pedido rejeitado
foi a entrada da imprensa para registrar a entrega. A secretaria afirmou que a exigência não foi atendida por medida de segurança.
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