São Paulo, terça-feira, 04 de dezembro de 2007

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Tiro que atingiu garoto no Rio não partiu de favela, diz polícia

MÁRCIA BRASIL
DA SUCURSAL DO RIO

Para a polícia do Rio, o tiro que atingiu o estudante Hugo Ronca Cavalcanti, 12, no sábado, no Clube Federal, só pode ter sido disparado nas redondezas do clube, onde há apenas prédios residenciais, e não ter saído de uma das favelas da região, mais distantes do local, como chegou a ser cogitado. Segundo o delegado responsável pelo caso, Rafael Menezes, titular da 14ª DP (Leblon), o disparo foi dado para o alto.
Ele esteve ontem no hospital Miguel Couto, onde o estudante está internado, e viu os exames. "Pelo que vi na tomografia, provavelmente, a bala que está alojada na cabeça do menino é de pistola ou revólver. Sendo assim, o disparo não pode ter sido efetuado de nenhuma comunidade próxima, como Chácara do Céu ou Rocinha. A bala [de pistola ou revólver] não teria velocidade", afirmou.
Ele acrescentou que o tiro deve ter sido disparado para o alto e, ao cair, teria atingido a cabeça do estudante na região frontal. Um exame vai apontar com precisão o calibre da bala.
Ontem à noite, a polícia fez uma vistoria no clube. Hugo jogava futebol quando foi baleado. "Ele estava no gol e a posição da trave era de frente para a rua", disse o delegado. A polícia marcou para hoje, às 14 horas, uma reconstituição no local e está procurando testemunhas.
Hugo está no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) Pediátrico em estado grave. Ele levou o tiro por volta das 19h30 de sábado. Ao cair, os amigos acharam que ele tinha desmaiado. O buraco de bala só foi descoberto no hospital. Segundo a polícia, a família de Hugo mudou-se do Leblon para Itaipu, em Niterói, para fugir da violência.


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