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Tiro que atingiu garoto no Rio não partiu de favela, diz polícia
MÁRCIA BRASIL
DA SUCURSAL DO RIO
Para a polícia do Rio, o tiro
que atingiu o estudante Hugo
Ronca Cavalcanti, 12, no sábado, no Clube Federal, só pode
ter sido disparado nas redondezas do clube, onde há apenas
prédios residenciais, e não ter
saído de uma das favelas da região, mais distantes do local,
como chegou a ser cogitado. Segundo o delegado responsável
pelo caso, Rafael Menezes, titular da 14ª DP (Leblon), o disparo foi dado para o alto.
Ele esteve ontem no hospital
Miguel Couto, onde o estudante está internado, e viu os exames. "Pelo que vi na tomografia, provavelmente, a bala que
está alojada na cabeça do menino é de pistola ou revólver. Sendo assim, o disparo não pode
ter sido efetuado de nenhuma
comunidade próxima, como
Chácara do Céu ou Rocinha. A
bala [de pistola ou revólver]
não teria velocidade", afirmou.
Ele acrescentou que o tiro
deve ter sido disparado para o
alto e, ao cair, teria atingido a
cabeça do estudante na região
frontal. Um exame vai apontar
com precisão o calibre da bala.
Ontem à noite, a polícia fez
uma vistoria no clube. Hugo jogava futebol quando foi baleado. "Ele estava no gol e a posição da trave era de frente para a
rua", disse o delegado. A polícia
marcou para hoje, às 14 horas,
uma reconstituição no local e
está procurando testemunhas.
Hugo está no CTI (Centro de
Tratamento Intensivo) Pediátrico em estado grave. Ele levou
o tiro por volta das 19h30 de sábado. Ao cair, os amigos acharam que ele tinha desmaiado. O
buraco de bala só foi descoberto no hospital. Segundo a polícia, a família de Hugo mudou-se do Leblon para Itaipu, em
Niterói, para fugir da violência.
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