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Análise da PF aponta adulteração em 8 amostras de leite da Copervale
Exame identificou existência de substâncias alcalinas; cooperativa não comentou
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Análise feita pelo INC (Instituto Nacional de Criminalística), da Polícia Federal, identificou em oito de nove amostras
de leite colhidas na Copervale
(Cooperativa dos Produtores
de Leite do Vale do Rio Grande)
a existência de substâncias alcalinas. Segundo a PF, isso é
forte indicativo de que houve
adição de soda cáustica no material selecionado para perícia
durante a Operação Ouro Branco, em outubro.
As análises técnicas também
revelaram que houve adição de
água, sacarose, sal e soro ao leite in natura, provavelmente
com o propósito de aumentar a
quantidade de produto. As investigações continuam.
A Folha procurou ontem representantes da Copervale, que
disseram que não se pronunciariam sobre o laudo.
Na Ouro Branco, a PF revelou a ação de um grupo criminoso que adicionava soda cáustica e água oxigenada ao leite in
natura para, além de aumentar
a quantidade do produto, prolongar seu prazo de validade.
Nos depoimentos dos 26
funcionários e empresários
suspeitos de envolvimento na
fraude, houve a confirmação de
que, usando uma fórmula química específica, a Copervale, de
Uberaba (MG), adicionava soda ao leite que seria vendido na
modalidade longa vida.
As técnicas utilizadas para a
análise do material pelo INC
seguiram a metodologia desenvolvida pelo Lanagro (Laboratório Nacional Agropecuário),
o laboratório oficial do Ministério da Agricultura.
Deflagrada em 22 outubro, a
Ouro Branco descobriu a adição de substâncias impróprias
para o consumo, como soda
cáustica e água oxigenada, no
leite fornecido pela Copervale
e por outra cooperativa, Casmil
(Cooperativa Agropecuária do
Sudoeste Mineiro), de Passos
(MG). Laudo do Lanagro apontou a presença de peróxido de
hidrogênio no leite produzido
pela Casmil. No caso da Copervale, o laudo que havia até agora era inconclusivo.
A operação prendeu 28 pessoas, que já estão soltas.
Colaborou a FOLHA RIBEIRÃO
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