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"Mamãe está indo para casa", diz Sabrina
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Depois de 27 dias na prisão, Sabrina deixou às 20h50 de ontem a
sede da Polinter, no centro do Rio,
onde recebeu alvará de soltura.
Ela estava presa com outras 80
mulheres na carceragem feminina da Polinter em Mesquita, Baixada Fluminense.
"Passei quase um mês presa,
perdi meu trabalho. Foi horrível.
Passei Natal e Ano Novo longe da
minha família, do meu filho [que
tem seis anos]", disse momentos
depois de ser solta. Em entrevista,
Sabrina gritou para as câmeras de
TV: "Pablo, eu te amo. Mamãe está indo para casa".
Ela foi presa acusada de ser
Brenda, namorada do traficante
Anderson Santos, o Lord, apontado como o mandante do ataque.
"Eu sabia que um dia seria solta.
Eu não sou ela [a Brenda]".
Sobre a polícia que a prendeu
por engano e a menina de 13 anos
que a reconheceu, disse apenas:
"Entrego todos, inclusive a menor, na mão de Deus".
A jovem, que foi assistida por
dois defensores públicos, disse
que ainda não decidiu se vai processar o Estado. Sua mãe, que não
quis se identificar, mas que passou o dia na porta da delegacia esperando por sua saída, disse que a
família "vai pensar com calma,
mas que quer Justiça". A mãe de
Sabrina disse que não levou o neto para visitá-la na cadeia. "Eu sabia que ela não ia ficar lá".
Sobre a cadeia, Sabrina disse
que "não é lugar nem pra cachorro". "Preso não tem direito a nada. Ainda mais acusada de um
terrorismo desses, tacar fogo num
ônibus e matar cinco pessoas e
[entre elas] uma criança", disse.
Sabrina disse trabalhar numa
casa de festas e que no dia do ataque ao ônibus estava de folga. Declarou ser uma vitória ter conseguido sair da prisão.
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