São Paulo, quinta-feira, 05 de janeiro de 2006

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"Mamãe está indo para casa", diz Sabrina

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Depois de 27 dias na prisão, Sabrina deixou às 20h50 de ontem a sede da Polinter, no centro do Rio, onde recebeu alvará de soltura. Ela estava presa com outras 80 mulheres na carceragem feminina da Polinter em Mesquita, Baixada Fluminense.
"Passei quase um mês presa, perdi meu trabalho. Foi horrível. Passei Natal e Ano Novo longe da minha família, do meu filho [que tem seis anos]", disse momentos depois de ser solta. Em entrevista, Sabrina gritou para as câmeras de TV: "Pablo, eu te amo. Mamãe está indo para casa".
Ela foi presa acusada de ser Brenda, namorada do traficante Anderson Santos, o Lord, apontado como o mandante do ataque. "Eu sabia que um dia seria solta. Eu não sou ela [a Brenda]".
Sobre a polícia que a prendeu por engano e a menina de 13 anos que a reconheceu, disse apenas: "Entrego todos, inclusive a menor, na mão de Deus".
A jovem, que foi assistida por dois defensores públicos, disse que ainda não decidiu se vai processar o Estado. Sua mãe, que não quis se identificar, mas que passou o dia na porta da delegacia esperando por sua saída, disse que a família "vai pensar com calma, mas que quer Justiça". A mãe de Sabrina disse que não levou o neto para visitá-la na cadeia. "Eu sabia que ela não ia ficar lá".
Sobre a cadeia, Sabrina disse que "não é lugar nem pra cachorro". "Preso não tem direito a nada. Ainda mais acusada de um terrorismo desses, tacar fogo num ônibus e matar cinco pessoas e [entre elas] uma criança", disse.
Sabrina disse trabalhar numa casa de festas e que no dia do ataque ao ônibus estava de folga. Declarou ser uma vitória ter conseguido sair da prisão.


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