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Para mães, o importante é que a escola dê atenção às dificuldades específicas
Pedro Carrilho/ Folha Imagem
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Maria Cecília e sua filha Maria Fernanda, deficiente visual, que estuda em classe regular no Rio
DA SUCURSAL DO RIO
A história de mães de alunos com deficiência que tentaram matricular seus filhos
em escolas regulares mostra
que a inclusão é possível, mas
nem sempre é de qualidade.
Cristiane Abrantes Simões,
por exemplo, insistiu por bastante tempo para que sua filha Suele Simões, 18, estudasse em turmas regulares.
Ela passou por quatro escolas públicas até concluir que o
melhor, para sua filha, seria
que procurasse o Instituto
Benjamim Constant, órgão
do governo federal no Rio que
é referência no atendimento
a deficientes visuais.
"As escolas colocavam
crianças com vários tipos de
deficiência juntas numa sala,
muitas vezes com um professor despreparado para aquela
situação. No caso da minha filha, além da deficiência visual, ela tem problemas também de coordenação motora,
o que dificultou seu atendimento", conta Cristiane.
O caminho inverso foi feito
por Maria Cecília Lacerda.
Inicialmente, ela procurou o
Benjamin Constant para matricular na educação infantil
sua filha Maria Fernanda
Monteiro, hoje com 15 anos.
"Na época, coloquei no
Benjamim Constant porque
achei que seria a única escola
que a atenderia. Depois, conversando com um médico, ele
me auxiliou a procurar outras
escolas. Matriculei-a numa
escola municipal e ela foi
muito bem-sucedida", conta.
Maria Fernanda continua
até hoje estudando numa instituição pública, a escola municipal Orsina da Fonseca, na
Tijuca (zona norte do Rio).
Sua mãe diz estar satisfeita
com o atendimento, mas concorda que, especialmente no
que diz respeito a crianças
que têm algum tipo de deficiência, é preciso levar em
conta a dificuldade específica
de cada um.
"Cada criança tem uma história diferente, elas não são
iguais. A escola precisa estar
preparada para lidar com essas diferenças. No meu caso,
vejo que eles têm uma paciência e uma dedicação muito
grandes e, com isso, as crianças estão avançando", diz Maria Cecília.
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