São Paulo, segunda-feira, 05 de janeiro de 2009

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Turistas reclamam de sujeira em praias do litoral paulista

Moradores, turistas e comerciantes criticam falta de lixeiras; banhistas chegam a levar saquinhos para recolher dejetos

Praia do Sonho, em Itanhaém, tem apenas seis lixeiras; praia Central, em Mongaguá, tem cestos a cada 50 m, mas há lixo na areia

DO "AGORA"

A maioria das praias do litoral de São Paulo está própria para o banho de mar e adequada a receber os turistas para esta temporada de férias.
Faltam, no entanto, mais lixeiras espalhadas pelas orlas e a intensificação, por parte das prefeituras, do recolhimento dos sacos de lixo.
A sujeira nas praias é uma das reclamações mais comuns dos turistas. No final de dezembro, a reportagem percorreu as 15 praias mais visitadas dos litorais norte e sul do Estado.
Em todas elas, turistas, moradores e comerciantes criticaram a falta dos cestos de lixo. Banhistas com mais consciência ambiental chegam a levar saquinhos para a praia para recolher os restos.
"Até tem lixeira nas praias, mas são os quiosques que colocam. A prefeitura disponibiliza contêineres na rua, só que eles não são suficientes e acabam transbordando", diz Luiz Felipe Peixoto, 25, que trabalha em um quiosque na praia Grande, em Ubatuba (litoral norte, a 226 km de SP).

Poucos e de plástico
Na praia do Sonho, em Itanhaém (litoral sul, a 106 km de SP), a situações é uma das piores. Há apenas seis lixeiras em toda a extensão da praia. Os cestos são pequenos e de plástico, facilitando a destruição por parte de vândalos.
No Guarujá (86 km de SP), os cestos disponíveis nas praias de Pitangueiras, Astúrias e Enseada são idênticos aos de Itanhaém. Em época de temporada, dizem os moradores, as lixeiras não suportam a quantidade de lixo e a areia e a orla acabam sujas.
"É muito pouco. Deveria ter mais [cestos de lixo], pois os que tem não suportam quase nada", reclama o comerciante Antônio Fernandes, 50, que trabalha em um quiosque na praia Martim de Sá, em Caraguatatuba (173 km de SP).
Na praia Central, em Mongaguá (89 km de SP), a prefeitura construiu lixeiras de concreto de 50 em 50 metros por toda a extensão da orla.
Mesmo assim, a reportagem flagrou vários pontos em que há lixo jogado na areia. Em alguns deles, havia até grupos de urubus próximos à sujeira.
As praias onde a reportagem encontrou mais lixeiras disponíveis são as de Santos (72 km de SP) e Praia Grande (71 km de SP), ambas na Baixada Santista. Mas, por serem os municípios que mais recebem turistas na temporada, as lixeiras também acabam não suportando a quantidade de dejetos. As duas cidades recebem juntas 2 milhões de turistas no fim do ano.
"Melhorou bastante, mas ainda falta muita lixeira para comportar a quantidade de sujeira que o povo faz", diz o aposentado Clodoval Cerqueira Silva, 82, turista que sempre passa as férias em Santos.
(TALIS MAURICIO)



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