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Prisão de belga desvenda nova rota de tráfico de jóias no Rio
SERGIO TORRES
da Sucursal do Rio
Diamantes e jóias que valem milhões de dólares no mercado convencional estão sendo contrabandeados da Bélgica para o Rio.
A nova rota do tráfico foi descoberta pela Polícia Federal após a
prisão do belga Joseph Edouard
Nellens, 65, no Aeroporto Internacional do Rio, em 19 de janeiro.
Nellens carregava 50 embrulhos
de papel repletos de diamantes,
além de dois colares de ouro com
diamantes e pedras preciosas.
O material apreendido com o
belga pode render US$ 1 milhão no
leilão que deverá ser realizado pela
Receita Federal e pela Caixa Econômica Federal.
Especialistas da Receita e da CEF
começaram ontem a avaliar os diamantes, que somam 4.773,40 quilates. Os colares pesam 400,60 g.
A prisão de Nellens foi casual. A
alfândega revistou a bagagem do
belga porque a luz vermelha acendeu quando ele apertou o botão.
Dentro de uma mala, os fiscais
acharam os diamantes. Como
omitiu a presença das jóias na Declaração de Bagagem Acompanhada (de preenchimento obrigatório) e não apresentou documento
de compra, foi preso em flagrante.
Ele está indiciado no artigo 334
do Código Penal, por suposta prática de contrabando ou descaminho (pena de um a quatro anos de
reclusão). Segundo Nellens, as
jóias iriam para desconhecidos.
Para trazer as jóias, afirmou que
receberia 40 mil francos belgas (R$
2.000). Ele disse que foi contratado
por comerciantes de jóias de Antuérpia, onde mora na Bélgica.
As investigações indicam que
Nellens é uma "mula" (pessoa que
leva mercadorias ilegais de um lugar para outro) de jóias de contrabandistas radicados na Bélgica.
Segundo a PF, os diamantes seriam usados em peças para a venda
em joalherias da zona sul e do centro do Rio. A Folha não localizou o
advogado do belga, Hélio Caldas.
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