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ADMINISTRAÇÃO
Prefeita, que chega hoje, faz avaliação positiva de viagem à França
Marta vê melhoria na imagem de SP
JOÃO CARLOS SILVA
ENVIADO ESPECIAL A LYON
A prefeita Marta Suplicy (PT)
viajou à França com o objetivo de
acertar parcerias para implantar
em São Paulo, com cooperação de
ministérios franceses, projetos
em áreas que vão da educação à
segurança, mais avalia que o tiro
acertou um alvo melhor.
"O que eu vi é que pude contribuir para a imagem da minha cidade se tornar positiva aqui (Na
França), disse ela em entrevista à
Folha na última sexta-feira à noite, em Lyon.
Ela acabara de participar e de
discursar de um comício do candidato socialista à Prefeitura de
Lyon, Gérard Collomb.
A agenda de compromissos de
cinco dias de Marta na França terminou ontem, a maior parte deles
em Paris. Na cidade foi recebida
com "tapetes vermelhos", como
ela mesma disse, em referência à
receptividade de sua visita.
A prefeita teve encontros com
quatro ministros franceses (Educação, Cooperação, Formação
Profissional e Saúde) e com o premiê, Lionel Jospin.
Também foi prestigiada por
empresários do Medef (associação de empresários franceses), de
quem ganhou um champanhe
com rótulo com a inscrição de
"grande dama".
Leia a seguir a avaliação que a
prefeita fez de sua viagem.
Folha - O que muda efetivamente
na administração com as parcerias
que a sra. acertou aqui na França?
Marta Suplicy - Estava pensando,
depois de conseguir tantas parcerias e cooperações intensas com
países como a França, que esse tipo de cooperação é muito bom e
concreto para a cidade. Mas vai
muito além porque uma cidade
também é feita de uma imagem.
Isso, talvez, seja o mais importante de tudo. O que eu vi é que pude
contribuir para a imagem da minha cidade se tornar positiva aqui.
Folha - Essa é uma das promessas
feitas pelos candidatos socialistas
às prefeituras de Paris e de Lyon...
Marta - A mesma coisa, eu digo
do reverso. Quando você tem um
município com uma prefeita que
está aberta ao investimento, que
traz credibilidade e que as pessoas
começam a ter o interesse, a imagem da cidade, muitas vezes feia
ou violenta, como a nossa cidade
acabou tendo por abandono, se
modifica. São fatores importantes
quando uma empresa quer procurar onde investir. Fatores como
a qualidade e a imagem da cidade
é afetada por isso. Uma parte é
concreta. A outra, mais subjetiva.
Essa parte mais subjetiva é a que
eu posso aportar para a cidade.
Folha - A sra. não tinha esse objetivo, antes de viajar?
Marta - Não, mas percebi que
houve um ganho enorme nisso
(quanto à melhoria da imagem da
cidade no exterior) no momento
em que, hoje (sexta-feira), tivemos matérias muito positivas em
todos os jornais franceses. Isso repercute de uma forma extremamente positiva para a cidade. Não
tinha dado conta, antes de vir, que
isso poderia ocorrer.
Folha - As parcerias que vão sair
poderão dar um novo rumo à administração, diante da falta de recursos?
Marta - Não, não. Rumo, ela (a
administração) sempre teve. Ela
ganha um novo cooperador, internacional e de peso, que é a cidade de Paris. Na próxima sexta-feira, quando eles chegarem ao
Brasil (os primeiros técnicos a
chegar, do Ministério da Cooperação da França), vamos ver por
onde começaremos. O que gostei
é que eles foram muito ágeis na
resposta. E essa resposta, essa agilização vai permitir que as coisas
aconteçam mais rapidamente, do
que são, geralmente, esses convênios internacionais.
Folha - Dá para adotar essa agilidade também na Prefeitura de São
Paulo? Por exemplo: o projeto Belezura. A sra. participou de uma
operação, no Pacaembu, chegou a
dizer que repetiria a ação todos os
sábados...
Marta - Mas tem tido muitos
projetos Belezura na cidade. Eu
tenho vontade, agora, de participar de um outro Belezura que seja
em um outro bem público. Então
tenho que ver qual bem público
que a gente pode trabalhar, e que
ele possa ser mantido. Senão, o
projeto se desmoraliza. O Pacaembu estamos mantendo limpo. Isso é que é positivo.
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