|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Elogiada pela ONU, instituição concentra tratamento de desintoxicação no usuário
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
Citado pelo UNODC, organismo das Nações Unidas para
o combate às drogas, o Naps AD
(Núcleo de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas) revela o método que lhe rendeu
elogios: "o centro do trabalho é
o usuário, não é o uso", diz Graziella Barbosa Barreiros, coordenadora da instituição ligada à
Prefeitura de Santo André
(Grande ABC).
A reabilitação dos usuários
de drogas e dependentes químicos, explica Barreiros, passa
por uma rede de nove tipos de
serviço, como a redução de danos, que incentiva a substituição de drogas e faz trabalhos de
campo com grupos de risco. Na
região central de Santo André,
o Naps AD é uma casa simples,
de corredor longo e dois andares, que em fevereiro atendeu a
215 pacientes.
Sem aquele aspecto clássico
de clínicas de desintoxicação
no mato, oferece aulas de ioga,
oficinas de artesanato e máquina de lavar roupas aos usuários.
Na chegada, uma triagem faz
a avaliação médica e, a depender da gravidade do caso, encaminha à urgência hospitalar.
"Quando chegam, muitos
usuários não sabem dizer que
dia da semana é", diz Alécio Donizete Rodrigues, técnico em
dependência química.
No Naps, os usuários são
atendidos no chamado hospital-dia, entre duas e cinco vezes
por semana. Apenas nos casos
mais graves passam a noite no
lugar.
O perfil dos usuários que
buscam assistência para deixar
o vício vai de moradores de ruas
a pais de família que chegam
voluntariamente ou são encaminhados por hospitais públicos, pela polícia e por juízes.
"O sucesso não é necessariamente parar de usar droga, mas
aumentar a qualidade de vida,
dar sucesso e autonomia às
pessoas", diz Barreiros.
Texto Anterior: ONU critica nova lei antidrogas brasileira Próximo Texto: Polícia: Menina de 16 anos atropela e mata mulher de 70 Índice
|