São Paulo, sexta-feira, 05 de março de 2010

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DIVIDIDAS

DNA
Sérgio Danilo Pena, geneticista da UFMG, falou contra as cotas. Com um mapa das migrações humanas desde o surgimento do ancestral comum, na África, há 200 mil anos, ele provocou: "Somos todos africanos."

ZUMBI
O senador Paulo Paim (PT-RS), autor do Estatuto da Igualdade Racial, chorou e invocou o espírito de Zumbi para dizer: "Os homens de bem não vão frustrar os milhares de estudantes negros que querem mostrar, não que são melhores, mas que podem ser iguais."

SILÊNCIO
Ibsen Noronha, professor de História do Direito do Instituto de Ensino Superior de Brasília (IESB), anticotas, falava sobre a inserção de escravos forros na sociedade do século 19. "Muitos enriqueceram e possuíram escravos".
Só que aí resolveu pedir silêncio no plenário -exatamente na hora em que os ministros Ricardo Lewandowski (que convocou a audiência no STF) e Joaquim Barbosa conversavam baixinho. Acabou de falar e levou o pito de Lewandowski: "Não posso deixar de registrar o repúdio dessa corte."

A RIGOR
Na sala de onde cerca de cem militantes e ativistas pró-cotas acompanhavam a audiência, cabelos crespos, dread, rastas e blackpowers foram obrigados a conviver por algumas horas com blazers, gravatas e sapatos fechados. O STF não admite o ingresso de pessoas de tênis, camisetas, saias curtas, jeans etc. O estudante Murilo de Carvalho, bata e sandálias havaianas, tentou convencer um taxista, sem sucesso, a lhe emprestar roupa adequada. Voltou para o hotel.


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