São Paulo, sábado, 5 de abril de 1997.

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DAC e polícia investigam queda de avião que matou um em SP

FÁBIO SOARES
da Folha Ribeirão

O DAC (Departamento de Aviação Civil) e a Polícia Civil de São Carlos (244 km de SP) iniciaram ontem as investigações para apurar as causas da queda do avião que provocou a morte do empresário Marcos Pereira Honda, 32 e feriu outras duas pessoas.
O desastre com o monomotor PT-LDF aconteceu anteontem, às 19h20, na cabeceira da pista de pouso do Aeroclube de São Carlos. Segundo o DAC, houve irregularidade no procedimento de pouso, já que o aeroclube estava fechado, pois só funciona de dia.
A polícia investiga também a presença de uma embalagem plástica contendo um pó branco e vestígios de uma substância encontrada nas roupas de Honda que aparentava ser maconha, de acordo com o boletim de ocorrência.
O exame toxicológico para saber se o pó branco é cocaína deve ficar pronto na segunda.
Segundo o depoimento de Everaldo Chaves de Oliveira, quem estava pilotando o avião era Alessandro Granieri Júnior. Os dois ficaram feridos no acidente. Oliveira disse à polícia que estava como ``carona'' no avião, que vinha de São Paulo. Havia dúvida sobre quem estava pilotando o avião, já que Honda também sabe pilotar.
Até as 18h de ontem, o delegado ainda não havia conseguido encontrar o provável piloto.
Segundo a polícia, ele foi procurado durante toda a tarde em sua casa. O avião sertanejo, fabricado em 1978, não tinha caixa preta.
Para o presidente do aeroclube, Sérgio Aparecido Koizimi, o pouso deveria ter sido feito no aeroporto de Araraquara ou no CBT (Companhia Brasileira de Tratores), em São Carlos.
Para o instrutor de vôo do aeroclube, amigo de Honda e testemunha, Marcelo Campos, só defeito ou falta de combustível justificariam um pouso forçado à noite.

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