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42% dos carros de placa 1 não fizeram a inspeção veicular
Prazo venceu em 30 de abril; esses veículos não podem ser vendidos ou transferidos até serem aprovados na vistoria
Reprovação atingiu só 2% dos veículos avaliados; a adesão das motos à inspeção obrigatória
foi ainda menor: 16,5%
RICARDO SANGIOVANNI
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de 42% dos carros com
final de placa 1 cadastrados pelo Detran na capital não fizeram a inspeção ambiental obrigatória no prazo e estão com os
licenciamentos bloqueados. Ou
seja: não podem ser vendidos
nem transferidos até a aprovação na vistoria. E estão sujeitos
a multa se flagrados em blitze.
O prazo para inspeção da frota de final de placa 1 terminou
no dia 30 de abril. Foi também
o último dia para renovar, junto
ao Detran (órgão estadual de
trânsito), o licenciamento de
veículos com essas placas.
Segundo a prefeitura, 77.225
automóveis fizeram a inspeção
na data esperada e o restante
(cerca de 55 mil) perdeu o prazo. Reprovados somaram 2%.
Só os fabricados entre 2003 e
2008 são obrigados a passar pela inspeção neste ano.
Quem perdeu o prazo pode
marcar a inspeção, mas não terá direito ao reembolso da taxa
(R$ 52,73). A devolução de todo
o valor só ocorre em caso de vistoria feita 90 dias antes do último dia para licenciar o veículo.
Segundo a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, os veículos com final de placa 1 que não
fizeram a inspeção são somente
22% do total. Isso porque a pasta prevê, de antemão, que 25%
dos cerca de 131 mil cadastrados faltarão à vistoria.
São carros que, diz a pasta,
estão irregulares (sem licenciamento ou com documentação
desatualizada), foram roubados ou tiveram perda total.
A adesão foi ainda menor entre as motos -que poluem até
seis vezes mais que os carros.
Só 16,5% de 73.741 compareceram (22% se considerada a exclusão de 25% da frota). A secretaria diz que irá contatar entidades de motociclistas para
uma "maior conscientização".
Promotoria
O Ministério Público Estadual disse ontem que a devolução da taxa de inspeção é ilegal
e vai pedir à prefeitura que a
suspenda. O argumento, baseado em interpretação de resolução do Conselho Nacional do
Meio Ambiente, é que o dono
de veículo deve pagar pelo serviço, sem onerar o município.
A Promotoria se reunirá com
a prefeitura para tratar do tema.
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