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Suspeitos de matar casal iriam criar ONG, diz polícia
A intenção também era fundar um partido político
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O grupo preso suspeito de
matar um casal de universitários em Curitiba (PR) -o crime
está supostamente ligado a
uma briga entre neonazistas-
queria criar uma ONG para obter recursos e atrair simpatizantes de Adolf Hitler, segundo
o delegado-chefe do Centro de
Operações Policiais Especiais
do Paraná, Miguel Stadler.
O casal foi morto em 21 de
abril após participar de festa
em comemoração dos 120 anos
de nascimento de Hitler. Segundo a polícia, o crime foi a
mando do economista Ricardo
Barollo, 34, preso em SP.
Além de Barollo, outras cinco
pessoas foram presas -três em
Curitiba, uma em Laguna (SC)
e uma em Teotônia (RS).
De acordo com a polícia, a
ideia de Barollo era ainda constituir um partido político e iniciar um projeto de implantação
de um novo Estado. Entre os
objetos apreendidos, havia cédulas de carteiras de identidade
próprias desse Estado, com Barollo como presidente.
O delegado diz que o rapaz
morto, o universitário Bernardo Pedroso, 24, era dissidente
do grupo no Paraná e foi assassinado devido a uma rixa política com o grupo de Barollo. Sua
namorada, a estudante Renata
Ferreira, 21, também morreu.
Segundo a polícia, Barollo
atuava em São Paulo e na região
metropolitana da capital.
De acordo com as investigações, o estudante morto, apontado como o responsável pela
organização da festa, mantinha
contato com neonazistas da Argentina e do Chile via internet.
Para Adriano Bretas, advogado de Barollo, o fato de o seu
cliente ser apontado como
mandante do crime "é um absurdo". Ele diz que não pode falar sobre as articulações para a
criação da ONG porque não
tem informações sobre isso.
O advogado afirma que do material apreendido na casa de seu
cliente "nenhum tinha ligação
com o nazismo". Ele diz que pedirá habeas corpus. Barollo nega
ligações nazistas, declara-se "comunista" e diz ter "um projeto
democrático para mudar o país".
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