São Paulo, quarta-feira, 05 de maio de 2010

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Restaurante em SP passa a só aceitar gorjeta em dinheiro

FELIPE LUCHETE
MARCOS DE VASCONCELLOS

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Enquanto não existe lei para regulamentar a gorjeta no país, cada bar e restaurante trata o repasse de uma maneira.
Desde o dia 1º deste mês, o restaurante Filet do Moraes, com unidades na praça Júlio de Mesquita (centro) e na alameda Santos (zona oeste), orienta os clientes a pagar a gorjeta separada da conta, sempre em dinheiro, para que ela seja dividida entre os funcionários.
Quando pediu a conta na tarde de ontem, o arquiteto Renato Dalla Marta, 30, foi informado de que a gorjeta deveria ser paga diretamente ao garçom. Dessa forma, não incidem impostos sobre a quantia.
Ele não viu problema na prática, mas o amigo Bruno Vitorino, 32, fez a ressalva: "O ruim é que tem que ter o dinheiro trocado. Por sorte, [hoje] a gente tinha o dinheiro".
Procurado, o restaurante não quis falar sobre a prática.

Repasse parcial
Na Vila Mariana (zona sul), a choperia Genuíno repassa aos empregados nove décimos das gorjetas, segundo um dos sócios da casa, Valter Sanches. Ele diz que usa o restante para reposição de louças quebradas e pagamento das taxas de cartões de crédito e débito.
Um comitê eleito pelos funcionários administra o dinheiro e comanda a distribuição, realizada uma vez por semana.
Se a lei que regulamenta a gorjeta for aprovada, todo o dinheiro deve ficar para os funcionários. O vice-presidente do Sinthoresp, o sindicato dos garçons de SP, diz que mais de 20 empresas já procuraram a entidade para auxiliar na negociação de acordos.


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