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Restaurante em SP passa a só
aceitar gorjeta em dinheiro
FELIPE LUCHETE
MARCOS DE VASCONCELLOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Enquanto não existe lei para
regulamentar a gorjeta no país,
cada bar e restaurante trata o
repasse de uma maneira.
Desde o dia 1º deste mês, o
restaurante Filet do Moraes,
com unidades na praça Júlio de
Mesquita (centro) e na alameda Santos (zona oeste), orienta
os clientes a pagar a gorjeta separada da conta, sempre em dinheiro, para que ela seja dividida entre os funcionários.
Quando pediu a conta na tarde de ontem, o arquiteto Renato Dalla Marta, 30, foi informado de que a gorjeta deveria ser
paga diretamente ao garçom.
Dessa forma, não incidem impostos sobre a quantia.
Ele não viu problema na prática, mas o amigo Bruno Vitorino, 32, fez a ressalva: "O ruim é
que tem que ter o dinheiro trocado. Por sorte, [hoje] a gente
tinha o dinheiro".
Procurado, o restaurante não
quis falar sobre a prática.
Repasse parcial
Na Vila Mariana (zona sul), a
choperia Genuíno repassa aos
empregados nove décimos das
gorjetas, segundo um dos sócios da casa, Valter Sanches.
Ele diz que usa o restante para
reposição de louças quebradas
e pagamento das taxas de cartões de crédito e débito.
Um comitê eleito pelos funcionários administra o dinheiro e comanda a distribuição,
realizada uma vez por semana.
Se a lei que regulamenta a
gorjeta for aprovada, todo o dinheiro deve ficar para os funcionários. O vice-presidente do
Sinthoresp, o sindicato dos garçons de SP, diz que mais de 20
empresas já procuraram a entidade para auxiliar na negociação de acordos.
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