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Obra atrairá "demanda reprimida", diz técnico
DA REPORTAGEM LOCAL
Pela marginal Tietê passam
diariamente 1,2 milhão de veículos. Resultado: ela fica 70%
do dia congestionada, segundo
dados do próprio governo.
Se, por um lado, a criação de
faixas amplia o espaço -o que
deve aliviar a fluidez-, por outro isso poderá atrair ainda
mais veículos -o que pode fazer com que, no final das contas, ela continue engarrafada,
segundo técnicos.
Para o consultor em transportes Horácio Figueira, novas
pistas vão atrair as chamadas
"demandas reprimidas". Ou seja: gente que habitualmente
evita a marginal, porque sabe
que ela vai estar congestionada.
"Quando essas pessoas souberem que a marginal melhorou, o resultado será um trânsito tranquilo fora dos horários
de pico, mas que não deixará de
ser carregado na hora do rush."
Mesmo o consultor Vernon
Kohl, que considera a ampliação da marginal necessária, diz
que "não vai ter trânsito a
80 km/h na marginal".
O próprio governador José
Serra reconhece: "Que ninguém se iluda que apenas obra
viária vai resolver o problema
do trânsito", disse, observando
que o Estado atualmente investe R$ 15 bilhões na expansão da
rede metroferroviária.
Segundo o secretário dos
Transportes, Mauro Arce, as
obras serão feitas de modo a
afetar o "mínimo possível" o
trânsito. "As intervenções que
possam prejudicar a fluidez serão feitas à noite", afirmou.
Figueira observa que, mesmo
assim, impactos serão inevitáveis. "Basta tirar uma faixa, para acesso de caminhão, para gerar impacto. Mas isso é consequência, não é nenhum crime."
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