No trajeto de Canelas a Torres, piloto relatou falha técnica e iria retornar; aeronave caiu em mata fechada

FAB/Divulgação

Destroços do ultraleve que caiu anteontem no Vale da Pedra Branca, em Três Forquilhas .

GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO

O empresário Adalberto Padilha Silveira, 49, e sua namorada, Joana D'Arc Chaves, 37, morreram em um acidente de ultraleve na tarde de quinta-feira no Rio Grande do Sul. Os corpos só foram localizados ontem de manhã, no vale da Pedra Branca, no município de Três Forquilhas (160 km de Porto Alegre).
A aeronave caiu numa área de mata fechada e difícil acesso. O resgate dos corpos levou mais de três horas e precisou do auxílio de um helicóptero.
O casal partiu de Canela (141 km de Porto Alegre), na serra gaúcha, rumo a Torres (208 km), no litoral, onde participaria do 10º Encontro Nacional de Ultraleves.
No trajeto, o piloto emitiu um alerta relatando uma falha técnica. Ele pretendia retornar a Canela.
Proprietário de uma instituição de ensino a distância em Mato Grosso, Silveira era habilitado para pilotar ultraleves desde 2004 e estava acostumado a voar por longos períodos.

PROBLEMAS
No momento da decolagem, o tempo estava nublado e as condições meteorológicas, desfavoráveis ao voo. Segundo o Corpo de Bombeiros, o ultraleve já havia apresentado problemas técnicos na viagem anterior.
Dois aviões da FAB participaram das buscas, que precisaram ser interrompidas à noite devido à baixa visibilidade. Um equipe de 20 pessoas foi mobilizada para os trabalhos em terra.
O ultraleve, um modelo Conquest Excel, tinha capacidade para até três pessoas e voava a mais de 200 km/h.


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