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EDUCAÇÃO
Pela manhã, protesto de docentes teve adesão baixa, o que também afastou a possibilidade de paralisação
Professores desistem de greve na USP
RENATO KRAUSZ
da Reportagem Local
Os professores da USP (Universidade de São Paulo) afastaram
inicialmente a possibilidade de
uma greve na universidade.
Ontem o dia foi marcado por paralisações e protestos nas três universidades estaduais paulistas
-USP, Unicamp e Unesp-, mas
a adesão foi considerada baixa.
Os professores protestam contra
os 3% de reposição salarial anunciados pelo Cruesp (Conselho de
Reitores das Universidades Estaduais Paulistas).
De acordo com o professor Jair
Borin, presidente da Adusp (Associação dos Docentes da USP), a
possibilidade de greve está inicialmente descartada por três motivos: a proximidade do final do semestre letivo, da Copa do Mundo
e do feriado de Corpus Christi.
De acordo com Borin, a paralisação de ontem teve adesão de 30%
da universidade.
A reitoria da USP não fez um balanço, mas considera que a adesão
ao movimento foi mínima.
Borin afirma que hoje haverá
uma reunião do Fórum das Seis
(entidade que reúne os sindicatos
de professores e de funcionários
das três universidades) para definir os rumos do movimento.
Segundo ele, os professores estão dispostos a abrir mão da reivindicação atual -reajuste imediato de 15% e aumento gradual
dos salários até atingir 25% em
novembro- caso o Cruesp se
comprometa a abrir um canal de
discussão da política salarial.
"Nosso objetivo é repor os 25%
de perdas, mas estamos dispostos
a negociar prazos", disse.
No início da tarde de ontem, os
professores da USP fizeram um tipo diferente de protesto: foram até
a escola estadual Daniel Paulo Verano Pontes e distribuíram cerca
de 1.300 livros aos alunos.
Unesp
Na Unesp, a paralisação foi de
20%, segundo o presidente da associação de docentes, Antônio
Luís de Andrade.
"O resultado foi insatisfatório", disse Andrade. Segundo ele,
existe a possibilidade de ocorrer
nova paralisação dia 17.
Para o chefe de gabinete da reitoria da Unesp, Widsney Alves Ferreira, o movimento de ontem teve
adesão inferior a 10%.
A Unicamp não teve paralisação
de professores, somente de funcionários.
Os professores fizeram uma carta aberta e discutiram o problema
salarial com os alunos. A associação dos docentes marcou uma assembléia para o dia 9.
Reajuste máximo
O reitor da Unicamp e presidente do Cruesp, Hermano Tavares,
disse por meio de sua assessoria de
imprensa que o reajuste de 3% é o
máximo possível no momento.
Segundo a assessoria, o Cruesp
vai lutar para transformar o percentual de 9,57% do ICMS -parte
da arrecadação que é destinada às
três universidades- em projeto
de lei (atualmente o repasse é regulado por decreto).
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