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Serviço cresce mais nas grandes cidades
Aumento dos mototáxis é proporcionalmente maior nos municípios acima de 500 mil habitantes, segundo o IBGE
Especialistas apontam que regulamentação pelo Senado deve consolidar implantação do mototáxi nas grandes metrópoles
Leo Caldas/Folha Imagem
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Mototaxistas levam passageiros em Caruaru (PE)
DA REPORTAGEM LOCAL
O transporte remunerado de
passageiros por motocicletas é
predominante nos municípios
pequenos, mas sua expansão
para os maiores já começou a
ser detectada pelo IBGE (instituto de geografia e estatística).
Em 2005, havia mototáxis
em 47,1% das cidades do país.
Desde então, ele conquistou
duas por semana -em 2008,
estava em 52,7% do total.
O ritmo de difusão dos mototáxis no Sudeste é superior ao
de todas as regiões (23% em
três anos, ante a média de 12%).
O crescimento foi maior,
proporcionalmente, onde há
mais de 500 mil habitantes.
Senado
O passo mais concreto para
introduzir os mototáxis nas
metrópoles, dizem especialistas, é a oficialização da profissão pelo Senado. A regulamentação está pronta para ser votada e não deve enfrentar revés.
A tendência também é que
seja sancionada pelo presidente Lula. Embora haja divisões
dentro do governo federal, a
posição favorável do Ministério
do Trabalho deve prevalecer
sobre as ressalvas nas pastas da
Saúde e das Cidades.
Hoje existe um imbróglio jurídico para difundir os mototáxis. Na Justiça, há entendimentos de que a possibilidade de
transportar passageiros por
moto, mediante remuneração,
requer um aval da União.
A regulamentação do mototáxi prevista em projeto do Senado visa eliminar esse obstáculo. Embora a decisão final sobre a implantação do serviço fique no futuro a cargo de cada
município, a avaliação predominante entre especialistas é
que a porteira será aberta.
"É um perigo enorme para
um município como São Paulo.
Há previsão de que isso geraria
um número de mais de 20 mortes por semana", declarou na
semana passada Alexandre de
Moraes, secretário municipal
dos Transportes de São Paulo.
Além dos especialistas em segurança viária, as empresas de
ônibus também fazem pressão
contra a expansão dos mototáxis. Há lugares onde a concorrência das motocicletas eliminou a presença dos coletivos.
Marcos Bicalho dos Santos,
da NTU (associação nacional
das viações), admite que a degradação do transporte de ônibus é um dos principais incentivos para os mototáxis e defende a melhoria do sistema de
ônibus (com pistas exclusivas
para os veículos andarem mais
rápido).
(ALENCAR IZIDORO)
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