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Melhor da cidade de SP investe nos pais
TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO
ANTÔNIO GOIS
DO RIO
O colorido das paredes da
escola estadual Professora
Rita Pinto de Araújo, no extremo leste da capital paulista, destoa do cinza que cobre
as casas pobres do entorno.
A melhor colocada entre
as escolas públicas de 5º ano
na capital, com nota 7,6, chama atenção pelo capricho.
Lá, há um jardim com estátuas da Branca de Neve e de
seus anões, horta, pomar e
salas de leitura e de artes,
com o mobiliário todo novo.
Em breve, haverá ainda internet em todas as salas, para
auxiliar os professores nas
pesquisas com os alunos,
conta o diretor Flávio José
Dionysio, desde 2005 responsável pela escola.
"Tudo mudou quando esse diretor veio para cá. Ele
vestiu a camisa da escola",
conta Aparecida Lopes da
Silva, secretária e caseira do
colégio há 25 anos.
Para o diretor, entretanto,
o segredo do sucesso está na
participação dos pais. São
feitas reuniões mensais com
eles, com uma média de 85%
de frequência. "Dizemos para eles que é importante
acompanhar porque isso incentiva o aluno", afirma.
"Fazemos desafios de matemática em grupo e leitura
de livro com eles constantemente para incentivar o gosto pela leitura", conta a professora do 5º ano Eliane do
Carmo de Oliveira.
A escola também treina os
alunos a responder o gabarito dos exames. "Fazemos simulados. Eles são pequenos
e se atrapalham para passar
as respostas", diz Dionysio.
SÃO PAULO
A nota dos quintos anos da
rede estadual de São Paulo
melhorou 0,7 ponto no Ideb
entre 2007 e 2009.
A evolução foi maior que a
da média do país, que foi de
0,4 -igual a rede municipal
da capital paulista na série.
Entre os sextos e nonos
anos, o progresso de São
Paulo foi mais tímido: de 0,3
na rede estadual e de 0,3 na
municipal. Na média, o país
teve um progresso de 0,2.
Já no ensino médio, a rede
estadual de São Paulo teve
uma queda mais acentuada
nas notas do que outros Estados desde 1995, quando o
MEC começou a avaliar a
educação básica do país.
No primeiro ano da avaliação, São Paulo ficava na 2ª
posição, somando-se as notas de português e de matemática dos alunos do ensino
médio, atrás apenas do Rio
Grande do Sul. Em 2009, ocupou a 7ª posição e Rio Grande
do Sul continuou em 1º.
"São Paulo é hoje o Estado
que tem a maior cobertura de
ensino médio do país. Nossa
taxa líquida de escolaridade
é de 70%, enquanto a dos demais estados é de menos de
60%", diz o secretário estadual de Educação de São
Paulo, Paulo Renato Souza.
"Estou confiante. O desempenho dos alunos aumentou", afirma o secretário
municipal de Educação de
SP Alexandre Schneider.
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