São Paulo, segunda-feira, 05 de julho de 2010

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Melhor da cidade de SP investe nos pais

TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO
ANTÔNIO GOIS
DO RIO

O colorido das paredes da escola estadual Professora Rita Pinto de Araújo, no extremo leste da capital paulista, destoa do cinza que cobre as casas pobres do entorno.
A melhor colocada entre as escolas públicas de 5º ano na capital, com nota 7,6, chama atenção pelo capricho.
Lá, há um jardim com estátuas da Branca de Neve e de seus anões, horta, pomar e salas de leitura e de artes, com o mobiliário todo novo.
Em breve, haverá ainda internet em todas as salas, para auxiliar os professores nas pesquisas com os alunos, conta o diretor Flávio José Dionysio, desde 2005 responsável pela escola.
"Tudo mudou quando esse diretor veio para cá. Ele vestiu a camisa da escola", conta Aparecida Lopes da Silva, secretária e caseira do colégio há 25 anos.
Para o diretor, entretanto, o segredo do sucesso está na participação dos pais. São feitas reuniões mensais com eles, com uma média de 85% de frequência. "Dizemos para eles que é importante acompanhar porque isso incentiva o aluno", afirma.
"Fazemos desafios de matemática em grupo e leitura de livro com eles constantemente para incentivar o gosto pela leitura", conta a professora do 5º ano Eliane do Carmo de Oliveira.
A escola também treina os alunos a responder o gabarito dos exames. "Fazemos simulados. Eles são pequenos e se atrapalham para passar as respostas", diz Dionysio.

SÃO PAULO
A nota dos quintos anos da rede estadual de São Paulo melhorou 0,7 ponto no Ideb entre 2007 e 2009.
A evolução foi maior que a da média do país, que foi de 0,4 -igual a rede municipal da capital paulista na série.
Entre os sextos e nonos anos, o progresso de São Paulo foi mais tímido: de 0,3 na rede estadual e de 0,3 na municipal. Na média, o país teve um progresso de 0,2.
Já no ensino médio, a rede estadual de São Paulo teve uma queda mais acentuada nas notas do que outros Estados desde 1995, quando o MEC começou a avaliar a educação básica do país.
No primeiro ano da avaliação, São Paulo ficava na 2ª posição, somando-se as notas de português e de matemática dos alunos do ensino médio, atrás apenas do Rio Grande do Sul. Em 2009, ocupou a 7ª posição e Rio Grande do Sul continuou em 1º.
"São Paulo é hoje o Estado que tem a maior cobertura de ensino médio do país. Nossa taxa líquida de escolaridade é de 70%, enquanto a dos demais estados é de menos de 60%", diz o secretário estadual de Educação de São Paulo, Paulo Renato Souza.
"Estou confiante. O desempenho dos alunos aumentou", afirma o secretário municipal de Educação de SP Alexandre Schneider.


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