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Estacionamento terá de devolver dinheiro
Prefeitura decide que, sem licença, responsável por parada de carros na quinta-feira do Cirque du Soleil precisa restituir valor
Ainda não foi definida a maneira como será feita a devolução a quem pagou os R$ 20 cobrados; local tinha 745 vagas para veículos
DA REPORTAGEM LOCAL
A empresa contratada para
operar o estacionamento do
Cirque du Soleil terá de devolver o dinheiro de quem deixou
seus carros quinta-feira à noite
no local, que não tem licença
para operar comercialmente.
Também está proibida, caso
não obtenha a licença, de cobrar a permanência, de R$ 20,
até o final da temporada, em
22 de outubro.
A decisão foi tomada ontem à
tarde pela Prefeitura de São
Paulo depois de a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito)
do Licenciamento da Câmara
Municipal ter apurado, ainda
no início da manhã, que não havia licença para o estacionamento, de 745 vagas.
Até ontem à noite, porém,
não havia sido estabelecido como se dará a devolução do dinheiro de quem pagou.
Segundo o vereador Adilson
Amadeu (PTB), durante a sessão da CPI o Corpo de Bombeiros informou que o local não
havia obtido o alvará de vistoria. Sem o documento, não há
como garantir que o local tem
boas condições de segurança.
Se todas as vagas fossem
preenchidas nas 86 sessões
programadas, a empresa Maxipark, que opera o local, faturaria R$ 1,281 milhão.
Sem cobrança
Segundo secretário municipal das Subprefeituras, Andrea
Matarazzo, basta a pessoa apresentar o ingresso do dia para ter
direito a deixar o veículo no local. ""Não existe restrição para
guardar carros lá, mas não pode
cobrar. O estacionamento não
tem alvará", afirmou.
Caso os fiscais da Subprefeitura de Pinheiros constatem algum caso de cobrança, o estacionamento será interditado.
O diretor da Maxipark, Paulo
Frascino, disse que a entrada
vai ficar liberada durante o final de semana, mas a empresa
vai estudar eventuais medidas
jurídicas para obter a licença.
""Não é questão de aceitar ou
não [a suspensão da cobrança].
Consideramos que permitir
que o estacionamento fosse interditado criaria um transtorno muito grande para a cidade
de São Paulo", disse Frascino.
Segundo ele, todo o sistema
de segurança foi elaborado com
a orientação dos bombeiros.
""Acredito que poderíamos trabalhar normalmente."
Procurada por meio de sua
assessoria, a promotora CIE
Brasil, que trouxe o circo ao
país, não se pronunciou sobre o
problema de documentação.
De acordo com a Secretaria
da Habitação, os organizadores
do evento entregaram laudo
que atesta a presença dos itens
de seguranças necessários, como sinalização e equipamentos
contra incêndio.
(JOSÉ ERNESTO CREDENDIO)
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