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Adesivo com propaganda de sexo em telefone público dá multa na Mooca
Subprefeitura investiga o dono do anúncio e aplica penalização de R$ 500
DA REPORTAGEM LOCAL
Os adesivinhos com oferta de
sexo pago continuam lá, indefectíveis, em praticamente todos os orelhões do centro de
São Paulo, mas agora, ao menos
na região da Mooca, quem usa
esse expediente corre o risco de
pagar multa de R$ 500.
Os agentes de fiscalização da
Subprefeitura da Mooca, no papel de detetives, investigam o
dono do anúncio, vão atrás do
endereço e aplicam a multa.
A fiscalização checa o telefone até encontrar o dono. A multa é entregue ao proprietário da
linha, mas também são descobertos números clonados.
Os fiscais recolheram alguns
achados, depois reproduzidos
no "Diário Oficial" da cidade,
de garotas de programa que
oferecem serviços e apresentem suas "especialidades".
"Ninfeta, 19 anos, coxas grossas", é o marketing de "Beatriz
Morenaça", multada em R$
500 por ter colado o adesivo em
um orelhão na esquina das ruas
Silva Jardim e Herval. Ao lado
estava a etiqueta de "Hérica Insaciável", colega de multa.
Desde o início do ano, os
agentes da subprefeitura aplicaram R$ 45 mil em multas somente por etiquetas retiradas
de telefones públicos.
Esses pequenos anúncios podem render uma dor de cabeça
bem maior, caso de uma cartomante do Tatuapé que, com
promessas de "amarração do
amor", espalhou etiquetas e pequenos cartazes na Mooca.
Os fiscais foram até o endereço da cartomante, que ela própria divulgava, com o auto de
infração: R$ 30 mil. "Podia ser
multa até por propaganda enganosa", diverte-se o subprefeito da Mooca, Eduardo Odloak.
Segundo ele, as multas têm
efeito mais pedagógico do que
punitivo, já que devem desestimular o uso das etiquetas.
"O pior é quando são colocadas em prédios públicos. As
pessoas não têm noção de como fica caro pintar paredes e
muros", diz o subprefeito.
(JOSÉ ERNESTO CREDENDIO)
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