São Paulo, domingo, 05 de agosto de 2007

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Adesivo com propaganda de sexo em telefone público dá multa na Mooca

Subprefeitura investiga o dono do anúncio e aplica penalização de R$ 500

DA REPORTAGEM LOCAL

Os adesivinhos com oferta de sexo pago continuam lá, indefectíveis, em praticamente todos os orelhões do centro de São Paulo, mas agora, ao menos na região da Mooca, quem usa esse expediente corre o risco de pagar multa de R$ 500.
Os agentes de fiscalização da Subprefeitura da Mooca, no papel de detetives, investigam o dono do anúncio, vão atrás do endereço e aplicam a multa.
A fiscalização checa o telefone até encontrar o dono. A multa é entregue ao proprietário da linha, mas também são descobertos números clonados.
Os fiscais recolheram alguns achados, depois reproduzidos no "Diário Oficial" da cidade, de garotas de programa que oferecem serviços e apresentem suas "especialidades".
"Ninfeta, 19 anos, coxas grossas", é o marketing de "Beatriz Morenaça", multada em R$ 500 por ter colado o adesivo em um orelhão na esquina das ruas Silva Jardim e Herval. Ao lado estava a etiqueta de "Hérica Insaciável", colega de multa.
Desde o início do ano, os agentes da subprefeitura aplicaram R$ 45 mil em multas somente por etiquetas retiradas de telefones públicos.
Esses pequenos anúncios podem render uma dor de cabeça bem maior, caso de uma cartomante do Tatuapé que, com promessas de "amarração do amor", espalhou etiquetas e pequenos cartazes na Mooca.
Os fiscais foram até o endereço da cartomante, que ela própria divulgava, com o auto de infração: R$ 30 mil. "Podia ser multa até por propaganda enganosa", diverte-se o subprefeito da Mooca, Eduardo Odloak.
Segundo ele, as multas têm efeito mais pedagógico do que punitivo, já que devem desestimular o uso das etiquetas.
"O pior é quando são colocadas em prédios públicos. As pessoas não têm noção de como fica caro pintar paredes e muros", diz o subprefeito.
(JOSÉ ERNESTO CREDENDIO)


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