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Aspirina revestida também dá lesão
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
Para impedir sangramentos, gastrites e úlceras de estômago em pequeno número de
pacientes sensíveis à aspirina
(também conhecida por ácido
acetilsalicílico ou AAS), algumas formulações acrescentam ao comprimido um revestimento visando evitar esses efeitos colaterais desse centenário e importante remédio.
Teoricamente, a idéia faz
sentido. O revestimento possibilita ao comprimido passar
pelo estômago sem ser dissolvido e acaba se desintegrando
nos intestinos.
Entretanto, o que médicos
gastroenterologistas brasileiros já comentavam sobre a relativa proteção gástrica dessas aspirinas buferin é confirmado pela "Harvard
Heart Letter" deste mês.
Segundo a publicação da
Faculdade de Medicina da
Universidade de Harvard
(Estados Unidos), estudos
mostraram que a aspirina
revestida produz, nas pessoas susceptíveis, o mesmo
efeito que a aspirina simples.
Na realidade, a aspirina
não precisa entrar em contato com a mucosa do estômago
para provocar lesões. Mesmo
quando o remédio é dissolvido nos intestinos, ele cai na
corrente sangüínea e pelo
sangue chega ao estômago,
onde entra em contato com as
células do órgão.
O relato destaca ainda que
essas aspirinas revestidas podem realmente ajudar muitos
pacientes, mas não são a garantia de que não possam
criar problemas em pessoas
susceptíveis aos efeitos colaterais da droga.
julio@uol.com.br
EXERCÍCIO LEVE
TAMBÉM AJUDA
O professor Thimothy S.
Church, da Universidade
Estadual da Louisiana em
Baton Rouge, EUA, relata
no "Journal of the American Medical Association"
que a atividade física moderada (caminhar com relativa rapidez) três dias
por semana, 24 minutos a
cada dia, ajuda a diminuir
a circunferência do abdome e mantém a aderência
ao exercício.
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