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Família vai processar agência de turismo
Objetivo é esclarecer o que ocorreu na excursão que a adolescente fez aos EUA
Jacqueline, 15, morreu durante voo na volta ao Brasil; outro participante da excursão, de 10 anos, teve gripe suína diagnosticada
PABLO SOLANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A família da estudante Jacqueline Ruas, 15, que morreu
no voo de volta da Disney, decidiu processar a operadora de
turismo Tia Augusta.
A tia da adolescente, Magda
da Paz Santos, 39, diz que o objetivo é buscar informações sobre o que aconteceu durante a
excursão aos EUA antes de a
adolescente passar mal e morrer no domingo durante o voo
759 da Copa Airlines.
A Tia Augusta, por meio de
sua assessoria de imprensa, diz
que respeita a decisão. A empresa também se coloca à disposição da família para bancar
uma viagem para a Flórida, onde seria possível ter esclarecimentos sobre os cuidados médicos que Jacqueline recebeu.
Levada ao hospital Celebration Florida após se sentir mal,
Jacqueline fez um teste para
gripe suína que deu negativo,
mas houve suspeita de princípio de pneumonia. Ela foi medicada, e o hospital a liberou
para viajar, segundo a agência.
O hospital não deu detalhes sobre o atendimento.
A tia da garota afirma que
quer saber quais foram os cuidados de saúde dispensados pela operadora de turismo aos
participantes da excursão.
O assunto deve ser tratado
em reunião da operadora com a
família, prevista para ocorrer
até o final da semana.
Em nota da superintendência de São Paulo, a Polícia Federal diz que "está reunindo as informações que estão chegando
e, com base nelas, iniciará as investigações". A causa da morte
é apurada pelo IML de Guarulhos, na Grande São Paulo. A
análise deve estar pronta no
início do mês de setembro.
Na quinta-feira passada, um
garoto com cerca de dez anos
de idade do mesmo grupo de
Jacqueline foi diagnosticado
com gripe suína. A Copa Airlines, entretanto, afirma que não
foi informada sobre a presença
de uma pessoa com sintomas
do vírus A (H1N1) no voo de
volta ao Brasil.
Caso tivesse sido comunicada, a tripulação deveria ter oferecido máscaras para o infectado e para as pessoas que viajavam com ele. Conforme protocolo federal, um garoto com essa idade pode transmitir a gripe
até o 14º dia após o surgimento
dos sintomas.
A Tia Augusta diz que o garoto estava sob responsabilidade
dos pais, que viajavam na mesma excursão. Segundo a empresa, o médico que o atendeu
não recomendou o isolamento.
As secretarias da Saúde dos
Estados e dos municípios de
origem dos passageiros estão
recebendo seus dados para verificar se outras pessoas apresentam os sintomas da gripe
suína, de acordo com a Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
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