DA AGÊNCIA FOLHA

O comando de greve dos policiais civis de Alagoas decidiu ontem em assembléia manter a paralisação da categoria, que hoje entra no seu oitavo dia.
A principal reivindicação dos grevistas é a concessão de 38% de aumento salarial. Em reunião ontem com o governo, seus representantes não conseguiram nada.
O secretário da Administração, Valter Oliveira, afirmou que o governo não poderia conceder aumento apenas aos policiais civis sem levar em conta que outras categorias -como os PMs e os servidores da área da saúde, que ameaçam com paralisação- também pleiteiam reajuste. E que o Orçamento do governo alagoano não comportaria um acréscimo na folha salarial.
Oliveira citou também o artigo 21 da Lei de Responsabilidade Fiscal, segundo o qual é proibido ampliar as despesas com pessoal a 180 dias do final do mandato do governador.
Dirigentes do Sindpol (Sindicato dos Policiais Civis) de Alagoas estimam que 90% dos cerca de 800 policiais da ativa na capital aderiram à paralisação. O registro de boletins de ocorrência e investigações estão prejudicados. A emissão de carteiras de identidade e os trabalhos do Instituto Médico Legal não foram afetados.
Para engrossar a adesão ao movimento, representantes do Sindpol pretendem percorrer 11 delegacias regionais pelo interior do Estado a partir de amanhã. Para hoje, está marcado um ato público em frente ao prédio da Secretaria da Defesa Social, pela manhã.
À tarde, haverá uma reunião entre integrantes do Sindpol e da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar, que poderá apontar para uma paralisação conjunta das duas categorias.


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