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ADMINISTRAÇÃO
Em 91, retorno era de 19,9%; em 2001, de 9,5%
Estudo mostra que São Paulo paga mais à União, mas recebe menos
DA REPORTAGEM LOCAL
Estudo feito pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade e divulgado
ontem mostra, por meio do cruzamento de dados da Receita Federal, do IBGE, do Banco Central
e da prefeitura, que a cidade de
São Paulo teve a sua carga tributária dobrada, enquanto o retorno
desses impostos caiu pela metade,
no período que vai de 1991 a 2001.
Isso significa que a cidade contribuiu mais, mas recebeu menos.
Em 91, 26,8% do que era arrecadado em São Paulo estava sob a
forma de impostos. Já em 2001,
esse percentual pulou para 52,2%.
Enquanto o retorno desse dinheiro era de 19,9% em 91, dez anos
depois, esse índice caiu para 9,5%.
Um exemplo: há 11 anos, para
cada R$ 10 que São Paulo pagava,
R$ 2 voltavam para os cofres municipais. Em 2001, dos R$ 10 pagos, voltava apenas R$ 0,95.
Segundo Márcio Pochmann,
autor do estudo e secretário do
Trabalho, a situação é gerada pelo
aumento e pela criação de tributos federais, como o Cofins e a
CPMF, que não precisam retornar aos municípios. "Se fizermos
o estudo em outras cidades, principalmente nas mais ricas, o resultado será semelhante, porque
houve aumento nos impostos e
taxas não compartilhadas."
A política fiscal -aplicada pelo
governo federal- fez com que a
cidade deixasse de criar 600 mil
empregos, segundo Pochmann.
Com base nos dados apresentados, o secretário afirma que, se
São Paulo tivesse mantido o percentual de retorno de 2001, 19,9%,
a cidade poderia ter até R$ 6,4 bilhões a mais no Orçamento.
A pesquisa deverá ser enviada à Receita Federal, a vereadores e a
deputados para que seja discutida a forma como ocorrem as arrecadações e ajustes fiscais.
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