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Programa atenderá 850 ambulantes
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo divulgou ontem a criação de 850 vagas
em programas voltados para camelôs que atuavam de forma irregular no centro da cidade. O comércio ambulante só é permitido
a 1.244 camelôs nessa região.
Cerca de 6.000 camelôs se cadastraram no Programa Operação Trabalho, porém, segundo a
prefeitura, apenas 850 conseguiram comprovar que atuavam como ambulantes no centro.
A comprovação pôde ser feita
por meio de TPUs (Termos de
Permissão de Uso) antigos, notificações provenientes de apreensão
de mercadorias ou senhas distribuídas por funcionários da Subprefeitura da Sé.
Segundo o Secretário do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade, Marcio Pochmann, os que
não apresentaram os documentos
serão contatados para reavaliação
e poderão ser incluídos em novos
programas, sem data definida.
As medidas anunciadas ontem
estão orçadas em R$ 2 milhões e
consistem na criação de 400 vagas
para venda de alimentos, 140 vagas no primeiro Pop Centro
-que deve ser inaugurado na rua
Mauá em outubro- e 310 vagas
em cursos de capacitação profissional. Quem participar nesses
cursos, que duram três meses, receberá uma bolsa de R$ 315.
Também será criado o Fundo
de Fomento de Empreendimentos Populares, com aporte de R$ 1
milhão, destinado ao microcrédito de ambulantes cadastrados que
tenham um plano de negócios.
Até o fim do ano, a prefeitura
também pretende inaugurar o
Centro de Referência do Trabalhador Ambulante, com cursos e
orientação profissional.
Críticas
O presidente do Sindicato dos
Camelôs Independentes de São
Paulo, Afonso José da Silva, criticou os programas apresentados
ontem. Para ele, a bolsa (de R$
315) é inferior à quantia adquirida
com as vendas, o que não estimula os camelôs a deixarem as ruas.
Silva também acha que o Pop
Centro deveria ter sido construído na rua 25 de março. "Confinar
os camelôs imaginando que o público vá nos procurar é bobeira.
Ninguém sai de casa para comprar em barracas. Tem que ser
onde há movimento."
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