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Justiça paulista autoriza quebra de sigilo de 58 contas do PCC
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Justiça de São Paulo autorizou a quebra de sigilo bancário e o seqüestro do dinheiro de
58 contas bancárias de pessoas
ligadas ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
A investigação começou há
quatro meses, quando o batalhão da Polícia Militar de São
José dos Campos recebeu uma
ameaça de bomba por telefone.
O Ministério Público solicitou
a interceptação do número, e o
monitoramento das ligações
revelou a existência de centrais
telefônicas gerenciadas em sua
maioria por parentes de presos,
que recebiam e repassavam ordens para comandar o tráfico.
Em algumas das conversas
interceptadas, os presos conferiam toda a contabilidade do
tráfico, principalmente os depósitos bancários.
No dia 18 de agosto, numa
ação conjunta entre o Ministério Público e a Polícia Militar,
foram apreendidos documentos bancários nas casas onde
funcionavam as centrais telefônicas em cinco municípios.
Ontem, o Ministério Público
Estadual entrou com pedido
para que a Justiça de São Paulo
determine o apoio de órgãos da
União na análise das contas.
Como a expectativa é de obter grande volume de informação dos bancos, a Promotoria
quer o apoio do Banco Central,
do DRCI (Departamento de
Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional) e da Secretaria da Receita
Federal. Sem essa ajuda, acredita-se que a análise dos dados
levará meses.
Uma das dúvidas a ser esclarecida é a origem dos recursos
depositados nas contas.
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