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Enquanto dormiam, 4 moradores de rua são baleados na Lapa; 1 morre
Polícia diz acreditar que uma briga em um bar possa ter motivado o ataque
LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Quatro moradores de rua foram baleados enquanto dormiam, na madrugada de ontem,
sob a marquise de uma agência
bancária na Lapa (zona oeste).
Uma das vítimas morreu no
hospital e outras duas estavam
internadas em estado grave até
a noite de ontem.
A polícia acredita que o crime
possa ter sido cometido por
causa de uma briga, mas não
descarta a hipótese de que o atirador tenha agido a mando de
comerciantes locais.
As vítimas do crime, segundo
a polícia, foram José Alves Ribeiro, 43, Douglas Caleporte,
18, Givani Pereira de Oliveira,
30, e um homem de 38 anos conhecido como "Ceará", que
morreu no hospital e até ontem
não havia sido identificado pela
polícia, por estar sem RG.
Todos são carroceiros e viviam na região havia aproximadamente dois meses, segundo
um colega deles, que pediu anonimato. Esse homem disse que
foi convidado para dormir sob a
marquise, mas não aceitou porque iria tomar conta de carros.
Segundo outros carroceiros,
"Ceará" era o mais violento do
grupo, que já havia discutido
com donos de bares da região.
Briga
Segundo o delegado Renato
Ferreira, titular do 7º DP (Lapa), por volta das 23h de quarta-feira, os quatro carroceiros
se envolveram em uma briga
em um bar da região da Lapa e
atiraram uma garrafa contra
um casal, que fugiu do local.
Depois disso, foram à marquise do Unibanco, na rua Clemente Álvares, e dormiram. O
atirador chegou por volta da
0h20. Ele desceu de um carro e
fez pelo menos seis disparos
contra as vítimas, que estavam
deitadas no chão.
Caleporte disse a um policial
militar que seria capaz de identificar o atirador, que usou um
Fiat Uno vermelho e um revólver para cometer o crime.
Depois da fuga do assassino,
um dos carroceiros tentou pedir ajuda para os vigilantes do
Fórum da Lapa, que fica em
frente ao Unibanco. As vítimas
foram socorridas por bombeiros de um quartel que fica a menos de um quarteirão do local e
levadas para o hospital.
Até o início da noite de ontem, Caleporte e Oliveira estavam internados em estado grave. O quadro de saúde de Ribeiro era estável.
O depoimento de Caleporte,
que só vai acontecer quando
sua saúde melhorar, deve ser a
principal pista da polícia para
localizar o assassino.
O delegado Ferreira afirmou
que os três carroceiros eram
suspeitos de terem cometido
diversos furtos na região. "A
principal hipótese é que o crime tenha sido resultado de
uma briga", disse.
O policial afirmou que está
praticamente descartada a hipótese de que o crime tenha sido motivado por intolerância.
O caso está sendo investigado pelo DHPP (Departamento
de Homicídios e de Proteção à
Pessoa) e pelo 7º DP.
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