São Paulo, Terça-feira, 05 de Outubro de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Filho de Pelé será julgado hoje por morte em suposto racha

FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos

O ex-jogador de futebol Edson Cholbi do Nascimento, 29, o Edinho, filho de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, será julgado hoje por um júri popular em Santos (SP) devido à morte por atropelamento do aposentado Pedro Simões Neto, na madrugada de 24 de outubro de 1992.
O Ministério Público denunciou Edinho e o estudante Marcílio José Marinho de Melo, 25, por crimes de homicídio e lesões corporais, cujas penas variam de 6 a 20 anos de prisão.
Eles são acusados de terem provocado a morte do aposentado, que pilotava uma moto, ao participarem de um suposto racha (corrida de carros) na avenida Epitácio Pessoa, em Santos.
A decisão de levar o caso a júri popular foi do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que em fevereiro acolheu recurso do promotor Octávio Borba de Vasconcelos Filho contra decisão da Justiça local. Com o acolhimento do recurso, foi alterada medida do juiz Gilberto Ferreira da Cruz, segundo a qual o caso era classificado como culposo (sem intenção).
Somente os crimes considerados dolosos (nos quais o autor premeditou o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo) são levados a júri popular. Ontem, a defesa tentou adiar o julgamento, mas o pedido foi rejeitado.
No total, 12 testemunhas (8 de defesa e 4 de acusação) serão ouvidas. Como o julgamento envolve dois réus, os debates deverão ter longa duração, e a previsão é que a sessão termine somente na madrugada de amanhã.
Os advogados de defesa vão apresentar a tese de que a morte do aposentado não foi provocada por "racha". "Não houve "racha". Houve um acidente, como tantos outros, que acabou vitimando alguém", disse Marlon Wander Machado, advogado de Edinho.


Texto Anterior: Roubo foi o maior do país
Próximo Texto: Marginal: Nova pista contraria projeto premiado
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.