São Paulo, Terça-feira, 05 de Outubro de 1999
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CARNAVAL 2000
Puxador de samba não pode cantar em São Paulo
Novas regras querem impedir "cansaço" em desfiles no Rio

FERNANDA PONTES
free-lance para a Folha

Os puxadores de samba, mestres-salas, porta-bandeiras, diretores de bateria e integrantes das comissões de frente das escolas cariocas não poderão mais exercer as mesmas funções nos desfiles de São Paulo e de outros Estados antes dos do Rio.
O regulamento foi feito pela Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba) para evitar que esses integrantes desfilem "cansados ou roucos" nas escolas do Rio. "O público paga muito caro para assistir ao nosso evento", disse o presidente da Imperatriz Leopoldinense, Wagner Araújo.
No ano passado, o puxador Jamelão, da Mangueira, a porta-bandeira da Beija-Flor, Selminha Sorriso, e o puxador Neguinho da Beija-Flor, entre outros, desfilaram em escolas paulistas.
O puxador do Salgueiro, Quinho, que também aderiu ao Carnaval paulistano no ano passado, acabou optando por desfilar somente pela Rosas de Ouro, do Grupo Especial de São Paulo, que assim como o do Rio, terá dois dias de desfile no ano que vem.
Os componentes que não cumprirem o regulamento ficarão três anos sem poder desfilar nas agremiações do Grupo Especial. As escolas também serão punidas com a perda de dois pontos.
A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo não vai punir sambistas que participem de mais de um desfile, mas já havia avisado às escolas locais que integrantes de destaque, como os puxadores, deveriam optar por um desfile ou outro.
Segundo a assessoria de imprensa da liga, a regra mostra que a organização do Carnaval carioca está preocupada com o crescimento do Carnaval de São Paulo.
Os ingressos para os camarotes do Carnaval carioca começam a ser vendidos hoje. Os preços variam de R$ 6.600 até R$ 31.350.


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