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CARNAVAL 2000
Puxador de samba não pode cantar em São Paulo
Novas regras querem impedir "cansaço" em desfiles no Rio
FERNANDA PONTES
free-lance para a Folha
Os puxadores de samba, mestres-salas, porta-bandeiras, diretores de bateria e integrantes das
comissões de frente das escolas
cariocas não poderão mais exercer as mesmas funções nos desfiles de São Paulo e de outros Estados antes dos do Rio.
O regulamento foi feito pela Liesa (Liga Independente das Escolas
de Samba) para evitar que esses
integrantes desfilem "cansados
ou roucos" nas escolas do Rio. "O
público paga muito caro para assistir ao nosso evento", disse o
presidente da Imperatriz Leopoldinense, Wagner Araújo.
No ano passado, o puxador Jamelão, da Mangueira, a porta-bandeira da Beija-Flor, Selminha
Sorriso, e o puxador Neguinho da
Beija-Flor, entre outros, desfilaram em escolas paulistas.
O puxador do Salgueiro, Quinho, que também aderiu ao Carnaval paulistano no ano passado,
acabou optando por desfilar somente pela Rosas de Ouro, do
Grupo Especial de São Paulo, que
assim como o do Rio, terá dois
dias de desfile no ano que vem.
Os componentes que não cumprirem o regulamento ficarão três
anos sem poder desfilar nas agremiações do Grupo Especial. As
escolas também serão punidas
com a perda de dois pontos.
A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo não vai
punir sambistas que participem
de mais de um desfile, mas já havia avisado às escolas locais que
integrantes de destaque, como os
puxadores, deveriam optar por
um desfile ou outro.
Segundo a assessoria de imprensa da liga, a regra mostra que
a organização do Carnaval carioca está preocupada com o crescimento do Carnaval de São Paulo.
Os ingressos para os camarotes
do Carnaval carioca começam a
ser vendidos hoje. Os preços variam de R$ 6.600 até R$ 31.350.
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