São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2008

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MORTES

ADÉLIA DO AMPARO CID SIMÕES
Aos 61, casada com José Simões Júnior. Deixa filhos. Cemitério do Tremembé.
JOÃO HUMBELINO PEREIRA
Aos 78, casado com Maria de Lourdes Balieiro Pereira. Deixa filho. Cem. São Pedro.
JOSÉ AURELIANO MOREIRA
Aos 70, casado com Maria Ramos Moreira. Deixa filhos. Cem. da Quarta Parada.
JOSÉ CÉSAR COUTINHO
Aos 87, casado com Rilza Torres Coutinho. Deixa filha. Cemitério São Pedro.
THEODOLINDA CONDOMITTI
Aos 81. Deixa filho. Cemitério São Paulo.
WILSON REIS
Aos 71, casado com Eunice Germiniani Reis. Deixa filhos. Cem. Vila Formosa I.

7º DIA

HERCULES NARDI
Hoje, às 18h30, na paróquia Sto. Estevão, r. Guilherme Rudge, Penha.
JORGE LUIZ DE SOUZA (GIGANTE BRASIL)
Hoje, às 18h30, na paróquia Sta. Maria Madalena e S. Miguel Arcanjo, r. Girassol, 795, V. Madalena.
NICE LECOCQ MÜLLER
Amanhã, às 11h, na igreja S. José, r. Dinamarca, 32, Jd. Europa.

1º ANO

MARIA DE LOURDES LANG
Amanhã, às 12h, na igreja N. Sra. Aparecida, lgo. de Moema, Moema.

MATZEIVA

FANY FAJERSTEIN
Hoje, às 10h30, no Cemitério Israelita do Butantã, q. 336, sep. 156, set. O.
HANA SCHWARTZMARDER
Hoje, às 10h, no Cemitério Israelita do Butantã, q. 160, sep. 20, set. E.
RUDA ESTERA SIERADZKI
Hoje, às 11h, no Cemitério Israelita do Butantã, q. 192, sep. 22, set. A.

SHLOSHIM

CIPE MATONE
Hoje, às 11h30, no Cemitério Israelita do Butantã, q. 379, sep. 20, set. R.
ESTERA KACIOMORSKA
Hoje, às 12h, no Cemitério Israelita do Butantã, q. 343, sep. 191, set. O.
FAJGA WAISSMAN
Hoje, às 11h30, no Cemitério Israelita do Butantã, q. 258, sep. 75, set. L.
FANY FAJERSTEIN
Hoje, às 10h30, no Cemitério Israelita do Butantã, q. 336, sep. 156, set. O.
JAKICA JAKOV PAPO
Hoje, às 11h, no Cemitério Israelita do Butantã, q. 393, sep. 23, set. R.
SAMUEL TABACNIK
Hoje, às 12h, no Cemitério Israelita do Butantã, q. 397, sep. 148, set. R.
SURA B. ARENSTEIN (BRANCA)
Hoje, às 9h30, no Cemitério Israelita do Butantã, q. 404, sep. 119, set. R.
VALTER TADEU LANZINO
Hoje, às 11h, no Cemitério Israelita de Embu das Artes, q. 13, sep. 90, set. B.

ANA LEOPOLDINA SANTOS (1923-2008)

A "dama de barro" do rio São Francisco

WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Sina de menina pobre do agreste é ter mãos sujas de barro, disso Ana Santos sabia. O que não suporia é que por causa daquela labuta na lama e por causa da primeira carranca, feita no susto da descoberta no rio, em busca do barro, surgiria a vida de artista -de "patrimônio vivo de Pernambuco". É essa (assim mesmo, dizia) a história de Ana das Carrancas.
Filha de uma artesã e de um agricultor, Ana nasceu em Ouricuri, Pernambuco. Não tinha nem sete anos e já moldava panelas e potes, santinhos e cavalinhos, todos de barro, para ajudar a mãe nas vendas da feira. A vida seguiu e ela casou, enviuvou e casou de novo (com um marido que perderia a visão).
Devota de padre Cícero, mudou para Petrolina (PE) por uma vida melhor. Lá (um dia contou e o povo afiançou que aconteceu), Ana foi ao rio São Francisco buscar barro para as panelas e viu as carrancas dos barcos que ali aportavam. E decidiu: fez, ali, sua primeira carranca.
Logo mãe e marido, filhos e netos, caíram na lida, sustentando três gerações. Mas as formas finais, primitivas e viscerais, eram dela; especialmente os olhos vazados, sua marca em todas, homenagem silenciosa ao marido.
Hoje estão no centro cultural com seu nome, potes, carrancas, a Ordem do Mérito Cultural, que ganhou do presidente Lula. Ela se foi. Morreu quarta, aos 85, de infarto. E foi velada na Câmara Municipal, já sob o epíteto de "dama do barro".

obituario@folhasp.com.br

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