São Paulo, quarta-feira, 05 de outubro de 2011

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Atropelamentos caem após campanha

Número de acidentes teve queda de 7,5% na capital após programa de proteção ao pedestre, segundo a CET

Melhoria inverte tendência, mas está abaixo da meta de reduzir atropelamentos na cidade em até 50%

ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO

A tendência de alta do número de atropelamentos na cidade de São Paulo foi invertida a partir do começo do programa de proteção aos pedestres, em maio deste ano.
Um levantamento que deve ser divulgado hoje pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) mostra que os atropelamentos tiveram pequena alta de 1,7% no primeiro semestre de 2011 -ante igual período de 2010. O número de casos na capital -a partir de boletins de ocorrência e registros do IML (Instituto Médico Legal)- passou de 3.422 para 3.479.
Porém, houve uma queda de pedestres atingidos especificamente a partir de 11 de maio -data do lançamento do programa que tenta aumentar a obediência à faixa.
Desse dia até 30 de junho, a diminuição foi de 7,5% no total de atropelamentos, que somaram 981, contra 1.061 em igual intervalo de 2010.
Na prática, é como se, a cada dois dias, houvesse três atropelamentos a menos na cidade de São Paulo inteira. As estatísticas fazem parte do primeiro balanço da CET de pedestres atropelados na capital (e não só na região central) no decorrer de 2011.
Apesar de positivos, os resultados ainda são tímidos diante da meta anunciada pela prefeitura de reduzir os atropelamentos em até 50%.
Técnicos da CET admitem que, por enquanto, eles indicam só uma tendência, e não uma melhoria consolidada. As multas por desrespeito à preferência dos pedestres começaram a ser aplicadas na região central em agosto (e na cidade inteira em 19 de setembro deste ano).
A punição chega a até R$ 191,53 -por exemplo, para quem não cede a prioridade na faixa num trecho da via pública sem semáforo.
A fiscalização por ignorar a prioridade dos pedestres na travessia é prevista há mais de uma década -pelo código de trânsito de 1998. Porém, a CET e outros órgãos de trânsito do país sempre fizeram vistas grossas.


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