São Paulo, sexta-feira, 05 de novembro de 2004

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VIOLÊNCIA

No cativeiro, localizado em Santa Isabel (58 km de SP), a refém era obrigada a cozinhar para os seqüestradores

Jovem é solta após 33 dias de seqüestro

ANDRÉ CARAMANTE
DO "AGORA"

A Polícia Civil libertou, na manhã de ontem, uma estudante de 16 anos, após 33 dias de seqüestro, com base em uma denúncia anônima passada por um morador da área rural de Santa Isabel (58 km da capital), na Grande São Paulo, onde ficava o cativeiro.
A garota é filha de pequenos comerciantes de roupas do Jardim Brasília, região de Itaquera (zona leste de SP), e era mantida no local desde o dia 2 de outubro.
Três pessoas acusadas de participar do seqüestro foram presas. Duas delas -Júlio Tartalhia Santos e Bruno da Silva Domingues, ambos de 20 anos e procurados pela Justiça por crimes como latrocínio e roubo- foram presas no cativeiro, uma casa que ficava na estrada Aralu Jaguari.
Os dois apontaram o mecânico Carlos da Silva, 45, como o mentor do seqüestro. Silva foi preso, ainda ontem, em sua oficina mecânica, na rua Jaboti Membeca, também no Jardim Brasília.
O local fica a cinco casas do local onde a vítima mora.

Cativeiro
Durante os 33 dias em que esteve seqüestrada, a jovem ficou em um quarto que não tinha iluminação, amarrada e, muitas vezes, amordaçada.
A quadrilha exigia R$ 100 mil da família para libertar a jovem.
Segundo a polícia, todas as vezes que as negociações com os pais da estudante, feitas por telefone, fracassavam, os bandidos deixavam a refém sem comer, apesar de a adolescente ser obrigada a cozinhar todos os dias para Santos e Domingues.
Segundo a polícia, depois de libertada, a estudante foi internada na Santa Casa de Santa Isabel, "extremamente abalada psicologicamente" e com um corte no pulso, causado pelos bandidos enquanto tentavam cortar uma corda que amarrava a vítima.


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