|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VIOLÊNCIA
No cativeiro, localizado em Santa Isabel (58 km de SP), a refém era obrigada a cozinhar para os seqüestradores
Jovem é solta após 33 dias de seqüestro
ANDRÉ CARAMANTE
DO "AGORA"
A Polícia Civil libertou, na manhã de ontem, uma estudante de
16 anos, após 33 dias de seqüestro,
com base em uma denúncia anônima passada por um morador da
área rural de Santa Isabel (58 km
da capital), na Grande São Paulo,
onde ficava o cativeiro.
A garota é filha de pequenos comerciantes de roupas do Jardim
Brasília, região de Itaquera (zona
leste de SP), e era mantida no local
desde o dia 2 de outubro.
Três pessoas acusadas de participar do seqüestro foram presas.
Duas delas -Júlio Tartalhia Santos e Bruno da Silva Domingues,
ambos de 20 anos e procurados
pela Justiça por crimes como latrocínio e roubo- foram presas
no cativeiro, uma casa que ficava
na estrada Aralu Jaguari.
Os dois apontaram o mecânico
Carlos da Silva, 45, como o mentor do seqüestro. Silva foi preso,
ainda ontem, em sua oficina mecânica, na rua Jaboti Membeca,
também no Jardim Brasília.
O local fica a cinco casas do local
onde a vítima mora.
Cativeiro
Durante os 33 dias em que esteve seqüestrada, a jovem ficou em
um quarto que não tinha iluminação, amarrada e, muitas vezes,
amordaçada.
A quadrilha exigia R$ 100 mil da
família para libertar a jovem.
Segundo a polícia, todas as vezes que as negociações com os
pais da estudante, feitas por telefone, fracassavam, os bandidos
deixavam a refém sem comer,
apesar de a adolescente ser obrigada a cozinhar todos os dias para
Santos e Domingues.
Segundo a polícia, depois de libertada, a estudante foi internada
na Santa Casa de Santa Isabel,
"extremamente abalada psicologicamente" e com um corte no
pulso, causado pelos bandidos
enquanto tentavam cortar uma
corda que amarrava a vítima.
Texto Anterior: Sudeste oferece 53% das bolsas de estudo do Prouni Próximo Texto: Plano de saúde: Para médicos, governo não ampliou cobertura Índice
|