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PLANO DE SAÚDE
Debate segue, diz ANS
Para médicos, governo não ampliou cobertura
FABIANE LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
Entidades médicas acusam a
ANS (Agência Nacional de Saúde
Suplementar) de descumprir um
acordo firmado no gabinete do
ministro da Saúde, Humberto
Costa, para ampliar, ainda neste
ano, a lista de procedimentos médicos que as operadoras de planos
de saúde têm de cobrir.
De acordo com as entidades, os
usuários de planos serão os principais prejudicados com a decisão
do órgão federal.
Eleuses Paiva, presidente da Associação Médica Brasileira
(AMB), afirmou que a resolução
número 82 da agência, datada de
29 de setembro -que estabelece
a listagem de procedimentos que
devem ser cobertos-, incorporou somente as denominações da
Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, elaborada pelas entidades,
porém não adotou os novos procedimentos.
Uma nota foi divulgada nos jornais ontem com a crítica.
A avaliação promovida pela
AMB mostra que 1.121 procedimentos da classificação dos médicos ficaram fora da listagem, entre
eles exames para a leptospirose,
tipos de cirurgias cardíacas e para
o câncer de ovário.
O dirigente da associação diz
que o compromisso foi firmado
há dois meses, na presença do ministro e do diretor da agência federal, Fausto Pereira dos Santos.
"Voltamos ao início da década de
1990, que é de quando datam os
procedimentos que estão nesse
rol", afirma Paiva.
Planos de saúde
Os planos de saúde contestaram
o teor do acordo citado pela entidade médica. "O que ficou claro
[nas reuniões] é que não haveria
extensão de cobertura. Para isso,
haveria extensão de custos", afirmou Arlindo de Almeida, da
Abramge, a instituição que representa os planos.
Também através de nota, a ANS
afirmou que a resolução número
82 "é uma primeira etapa da revisão do rol".
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