São Paulo, sábado, 05 de novembro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

Para defesa, pedido de prisão tem motivação política

DA REPORTAGEM LOCAL

Advogados de PMs denunciados pela Promotoria negaram as acusações feitas contra seus clientes. Para eles, as provas apresentadas são muito frágeis e o pedido de prisão teve motivação política.
Para Ronaldo Antonio Lacava, que defende Jayner Aurélio Porfírio e Marcos Martins Garcia, "a investigação tem como objetivo ofertar a cabeça de alguém para calar a opinião pública". "Isso é movido por interesses do governador [Geraldo Alckmin (PSDB)] e do secretário [da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho], que prometeu levianamente resolver o caso em um mês e não conseguiu", disse Lacava.
Porfírio e Garcia haviam sido presos em setembro do ano passado. Em novembro, foram soltos a pedido do Ministério Público, que afirmou que ainda havia investigações pendentes. Segundo Lacava, desde então não surgiram novas provas no caso.
A advogada Catarina de Oliveira Ornellas, que defende Cleber Bastos Ribeiro, afirmou que seu cliente é inocente. "Não há nada contra ele. Os indícios são frágeis. Ele prestava serviço na base comunitária do centro, mas está afastado há muito tempo", disse.
A Folha não conseguiu localizar os advogados dos outros denunciados. Ontem, Porfírio e Paulo Cruz Ramos negaram as acusações à Corregedoria. Os dois vão ficar em serviço administrativo. Garcia foi demitido da corporação em 2004. O PM Cleber Ribeiro não é localizado desde a última segunda, quando a Promotoria protocolou a denúncia. Ele devia ter retornado de uma licença médica. A Secretaria da Segurança disse que não iria comentar as declarações. (VICTOR RAMOS)


Texto Anterior: Crime na Sé: Mais PMs são investigados pelo massacre do centro
Próximo Texto: Vestibular: Procura por medicina cai na Unesp e na Unicamp
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.