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OUTRO LADO
Para defesa, pedido de prisão tem motivação política
DA REPORTAGEM LOCAL
Advogados de PMs denunciados pela Promotoria negaram as
acusações feitas contra seus clientes. Para eles, as provas apresentadas são muito frágeis e o pedido
de prisão teve motivação política.
Para Ronaldo Antonio Lacava,
que defende Jayner Aurélio Porfírio e Marcos Martins Garcia, "a
investigação tem como objetivo
ofertar a cabeça de alguém para
calar a opinião pública". "Isso é
movido por interesses do governador [Geraldo Alckmin (PSDB)]
e do secretário [da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho], que prometeu levianamente
resolver o caso em um mês e não
conseguiu", disse Lacava.
Porfírio e Garcia haviam sido
presos em setembro do ano passado. Em novembro, foram soltos
a pedido do Ministério Público,
que afirmou que ainda havia investigações pendentes. Segundo
Lacava, desde então não surgiram
novas provas no caso.
A advogada Catarina de Oliveira Ornellas, que defende Cleber
Bastos Ribeiro, afirmou que seu
cliente é inocente. "Não há nada
contra ele. Os indícios são frágeis.
Ele prestava serviço na base comunitária do centro, mas está
afastado há muito tempo", disse.
A Folha não conseguiu localizar
os advogados dos outros denunciados. Ontem, Porfírio e Paulo
Cruz Ramos negaram as acusações à Corregedoria. Os dois vão
ficar em serviço administrativo.
Garcia foi demitido da corporação em 2004. O PM Cleber Ribeiro
não é localizado desde a última segunda, quando a Promotoria protocolou a denúncia. Ele devia ter
retornado de uma licença médica.
A Secretaria da Segurança disse
que não iria comentar as declarações.
(VICTOR RAMOS)
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