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Avô de sobrevivente viu explosão na casa onde sua neta brincava
DÉBORA MISMETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Duas meninas -uma de 11
anos e outra de 16 anos- que
estavam na casa atingida pelo
avião sobreviveram ao acidente
e à explosão que se seguiu e
foram levadas para o hospital
do Mandaqui, na zona norte.
A mais velha apresentava 30%
de seu corpo queimado.
A mais nova é Laís Gonçalves
da Silva Mello, 11, que brincava
com uma amiga na casa atingida pelo Learjet. O avô da menina, Nelson Gonçalves da Silva,
61, contou que viu o acidente do
portão de sua casa, na avenida
Casa Verde. "O avião caiu e vi
várias explosões", comenta.
Ele tentou entrar na casa em
que estava a neta para resgatá-la. "A polícia não me deixou entrar. Eles chegaram rapidamente, porque a delegacia fica
bem perto de lá", conta.
O estado de Laís, de acordo
com seu avô, é bom, porém "ela
sente dores e está confusa".
"Ela está com a boca inchada,
mas conversou comigo e perguntou sobre a amiguinha que
estava com ela", afirmou.
A assessoria de imprensa da
Secretaria Estadual de Saúde
de São Paulo disse que a menina tem cortes no rosto e um hematoma na coxa. Ainda faria
radiografias e uma tomografia.
"Foi um milagre de Deus",
diz o avô. "Na segunda explosão, até senti o baque. Imagine
ela que estava lá dentro."
A outra vítima levada ao hospital é Cláudia de Lima Fernandes, 16. A menina é moradora
da casa atingida pelo avião e colega de escola de Laís.
A assessoria da Secretaria de
Saúde afirmou que Cláudia tem
30% do corpo queimado -ela
seria transferida de hospital
para receber tratamento. Os
membros superiores e o rosto
são as áreas mais atingidas.
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