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Urbanista critica proximidade do aeroporto com casas da região
TALITA BEDINELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A proximidade do Campo de
Marte com as casas da região é
um problema de falta de planejamento urbano, na opinião do
arquiteto urbanista do Instituto Polis, Anderson Kazuo Nakano, que defende a desativação do aeroporto.
"Considerando-se a intensa
ocupação urbana dos arredores
e o grande número de prédios
na área, que é uma das mais
verticalizadas de São Paulo, é
preciso considerar a transformação do lugar em algo que envolva menos riscos".
Na opinião do arquiteto, a
possibilidade de queda de
aviões no entorno do Campo de
Marte é constante. "O risco
existe e é permanente. Por
mais que se controle e monitore, alguma coisa sempre acaba
escapando", diz.
Para o especialista na área de
transportes aéreos, Mário Luiz
Ferreira de Mello Santos, o aeroporto é seguro. Mas ele também aponta a falta de planejamento urbano como um grande problema.
"O aeroporto existe desde
1920. As pessoas se aproximaram com a permissão do poder
público", diz. Segundo Santos,
que é ex-professor de planejamento e projetos da Escola de
Engenharia de São Carlos da
USP, o problema é similar ao
que ocorre nos arredores do aeroporto de Congonhas. "As
duas regiões são complicadas
do ponto de vista do adensamento urbano. Congonhas
também existe lá desde 1936, as
pessoas que foram ocupando",
ressalta.
Helicópteros
O Campo de Marte está localizado próximo a estação de
metrô e ao Terminal Rodoviário Tietê.
O aeroporto opera exclusivamente com aviões de pequeno
porte e abriga a maior frota de
helicópteros do Brasil, segundo
a Infraero (empresa que administra os aeroportos).
De acordo com a estatal, de
janeiro a setembro de 2007,
69.078 aeronaves pousaram ou
decolaram no aeroporto.
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