São Paulo, segunda-feira, 05 de novembro de 2007

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Urbanista critica proximidade do aeroporto com casas da região

TALITA BEDINELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A proximidade do Campo de Marte com as casas da região é um problema de falta de planejamento urbano, na opinião do arquiteto urbanista do Instituto Polis, Anderson Kazuo Nakano, que defende a desativação do aeroporto.
"Considerando-se a intensa ocupação urbana dos arredores e o grande número de prédios na área, que é uma das mais verticalizadas de São Paulo, é preciso considerar a transformação do lugar em algo que envolva menos riscos".
Na opinião do arquiteto, a possibilidade de queda de aviões no entorno do Campo de Marte é constante. "O risco existe e é permanente. Por mais que se controle e monitore, alguma coisa sempre acaba escapando", diz.
Para o especialista na área de transportes aéreos, Mário Luiz Ferreira de Mello Santos, o aeroporto é seguro. Mas ele também aponta a falta de planejamento urbano como um grande problema.
"O aeroporto existe desde 1920. As pessoas se aproximaram com a permissão do poder público", diz. Segundo Santos, que é ex-professor de planejamento e projetos da Escola de Engenharia de São Carlos da USP, o problema é similar ao que ocorre nos arredores do aeroporto de Congonhas. "As duas regiões são complicadas do ponto de vista do adensamento urbano. Congonhas também existe lá desde 1936, as pessoas que foram ocupando", ressalta.

Helicópteros
O Campo de Marte está localizado próximo a estação de metrô e ao Terminal Rodoviário Tietê.
O aeroporto opera exclusivamente com aviões de pequeno porte e abriga a maior frota de helicópteros do Brasil, segundo a Infraero (empresa que administra os aeroportos).
De acordo com a estatal, de janeiro a setembro de 2007, 69.078 aeronaves pousaram ou decolaram no aeroporto.


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