São Paulo, quinta-feira, 05 de dezembro de 2002

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Taxa e IPTU "não terão grande impacto", diz Marta

PALOMA COTES
DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), afirmou ontem que tanto o reajuste do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) quanto a criação de uma futura taxa do lixo "não causarão grande impacto na vida do paulistano". Disse também que as tributações são necessárias para que sua administração possa atender às demandas da população.
"Quando você fala em 35% de aumento, assusta e pensa: "Pôxa vida, isso é um monte". Mas quando vê qual faixa da população é atingida, não fica um monte. Uma pessoa que pagava [de IPTU] R$ 700, em quem vai incidir o grande aumento, vai pagar no máximo R$ 900. E temos que pensar que todo mundo reclama e diz: "Quero que tape o buraco", "Quero posto de saúde", só que a prefeitura tem de ter recursos para isso", afirmou a prefeita.
Pelo menos 250 mil contribuintes terão no próximo ano reajuste maior no IPTU do que apenas o aumento de 7% proposto pela prefeitura sobre a Planta Genérica de Valores -base de cálculo do valor venal dos imóveis.
Atualmente, são beneficiados com um desconto de R$ 20 mil no cálculo do imposto os imóveis residenciais que tenham um valor venal entre R$ 50 mil e R$ 120 mil. Pelo projeto encaminhado à Câmara Municipal, a isenção só será aplicada para imóveis na faixa de R$ 50 mil a R$ 100 mil.
A prefeita afirmou que a retirada desses benefícios só não aconteceu antes porque a revisão da Planta Genérica de Valores "não era feita há muito tempo" e porque não seria "adequado mudar tudo de uma só vez".
"Estamos tirando alguns dos benefícios, que, aliás, são benefícios, não um direito. Tiramos essa isenção e algumas pessoas realmente mudarão de alíquota. Agora, isso não foi feito antes para não ter um impacto tão forte, porque não se reviam os custos dos imóveis há muito tempo. A gente achou que não seria adequado mudar tudo de uma vez só e fizemos essas ressalvas. Mas essas ressalvas não têm de continuar "ad eternum'", disse.

Elevador
Minutos antes do início de uma reunião na Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base (ABDIB), Marta ficou presa no elevador do prédio. O problema foi provocado pelo excesso de peso e de pessoas.
O equipamento comporta no máximo três pessoas. No entanto, estavam no elevador Marta, um assessor dela e o presidente e o vice-presidente da associação, José Augusto Marques e Paulo Godoy. Com isso, o equipamento subiu até o segundo andar, mas as portas ficaram travadas e precisaram ser abertas por técnicos. O problema foi resolvido em cinco minutos e Marta saiu rindo da situação.
Durante as eleições e em uma visita de campanha à associação, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também ficou preso no mesmo elevador -pelo mesmo motivo.


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