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Taxa e IPTU "não terão grande impacto", diz Marta
PALOMA COTES
DA REPORTAGEM LOCAL
A prefeita de São Paulo, Marta
Suplicy (PT), afirmou ontem que
tanto o reajuste do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)
quanto a criação de uma futura
taxa do lixo "não causarão grande
impacto na vida do paulistano".
Disse também que as tributações
são necessárias para que sua administração possa atender às demandas da população.
"Quando você fala em 35% de
aumento, assusta e pensa: "Pôxa
vida, isso é um monte". Mas quando vê qual faixa da população é
atingida, não fica um monte. Uma
pessoa que pagava [de IPTU] R$
700, em quem vai incidir o grande
aumento, vai pagar no máximo
R$ 900. E temos que pensar que
todo mundo reclama e diz: "Quero que tape o buraco", "Quero posto de saúde", só que a prefeitura
tem de ter recursos para isso",
afirmou a prefeita.
Pelo menos 250 mil contribuintes terão no próximo ano reajuste
maior no IPTU do que apenas o
aumento de 7% proposto pela
prefeitura sobre a Planta Genérica
de Valores -base de cálculo do
valor venal dos imóveis.
Atualmente, são beneficiados
com um desconto de R$ 20 mil no
cálculo do imposto os imóveis residenciais que tenham um valor
venal entre R$ 50 mil e R$ 120 mil.
Pelo projeto encaminhado à Câmara Municipal, a isenção só será
aplicada para imóveis na faixa de
R$ 50 mil a R$ 100 mil.
A prefeita afirmou que a retirada desses benefícios só não aconteceu antes porque a revisão da
Planta Genérica de Valores "não
era feita há muito tempo" e porque não seria "adequado mudar
tudo de uma só vez".
"Estamos tirando alguns dos
benefícios, que, aliás, são benefícios, não um direito. Tiramos essa
isenção e algumas pessoas realmente mudarão de alíquota. Agora, isso não foi feito antes para não
ter um impacto tão forte, porque
não se reviam os custos dos imóveis há muito tempo. A gente
achou que não seria adequado
mudar tudo de uma vez só e fizemos essas ressalvas. Mas essas
ressalvas não têm de continuar
"ad eternum'", disse.
Elevador
Minutos antes do início de uma
reunião na Associação Brasileira
de Infra-Estrutura e Indústrias de
Base (ABDIB), Marta ficou presa
no elevador do prédio. O problema foi provocado pelo excesso de
peso e de pessoas.
O equipamento comporta no
máximo três pessoas. No entanto,
estavam no elevador Marta, um
assessor dela e o presidente e o vice-presidente da associação, José
Augusto Marques e Paulo Godoy.
Com isso, o equipamento subiu
até o segundo andar, mas as portas ficaram travadas e precisaram
ser abertas por técnicos. O problema foi resolvido em cinco minutos e Marta saiu rindo da situação.
Durante as eleições e em uma
visita de campanha à associação,
o presidente eleito, Luiz Inácio
Lula da Silva (PT), também ficou
preso no mesmo elevador -pelo
mesmo motivo.
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