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Homem é baleado na cabeça em Pinheiros, mas sobrevive
Vítima de assalto foi protegida pelo capacete, que amorteceu o impacto da bala
Analista de sistemas estacionava a moto em frente a uma faculdade; ele
chegou a se fingir de morto para evitar novo disparo
ARTUR RODRIGUES
DO "AGORA"
Um homem foi baleado na
cabeça anteontem à noite em
frente a uma faculdade em Pinheiros (zona oeste de São Paulo) durante um assalto. Ele sobreviveu graças ao capacete -o
equipamento amorteceu o impacto e desviou a trajetória da
bala, que o feriu de raspão.
O analista de sistemas Haroldo Batista Grave, 37, foi assaltado quando estacionava sua motocicleta em frente à Faculdade
Sumaré. Ele foi buscar a mulher, estudante da instituição.
Grave foi abordado em frente
à faculdade por três homens -
dois deles estavam em uma
moto e um deles, em outra.
Segundo o analista, os criminosos atiraram antes mesmo
que ele conseguisse estacionar
a moto. Grave disse que não
reagiu ao assalto. "Só os ouvi
mandando descer; e o tiro."
Ele diz acreditar que só sobreviveu porque se fingiu de
morto quando estava no chão.
"Para dar mais um [tiro] não
custava nada", afirmou (leia
texto abaixo).
Após atirarem, os bandidos
levaram a motocicleta, uma
Honda CBX de 500 cilindradas,
e o capacete, que foi arrancado
da cabeça dele.
Os ladrões fugiram -a moto
roubada foi encontrada em Pirituba (zona norte de São Paulo). O veículo, que foi devolvido
à vítima, teria sido abandonado
após um dos criminosos cair.
Ninguém foi preso.
"Nasceu de novo"
Grave recebeu tratamento
no Hospital das Clínicas. No local, apenas um ponto cirúrgico
foi dado na cabeça dele. "Os
médicos disseram para ele: "Parabéns, você nasceu de novo'",
conta Priscila Aureliano, 25,
mulher da vítima.
A estudante presenciou toda
a ação dos criminosos, na hora
da saída da faculdade, quando
havia grande concentração de
pessoas na rua Capote Valente.
Por alguns momentos, disse
que chegou a acreditar que o
marido estava morto. "Ouvi pelo menos três tiros. Eles saíram
atirando em quem estivesse
passando."
Segundo ela, Grave não é a
primeira vítima de roubo em
frente à instituição de ensino.
"Faltam seguranças em frente
à faculdade e também iluminação pública", afirmou.
Procurada pela reportagem,
a Faculdade Sumaré afirma que
tem "controladores de acesso",
em frente à instituição na hora
da saída dos estudantes. O Ilume, órgão da prefeitura responsável pela iluminação, afirma
que vai verificar o problema.
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