São Paulo, quarta-feira, 05 de dezembro de 2007

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Homem é baleado na cabeça em Pinheiros, mas sobrevive

Vítima de assalto foi protegida pelo capacete, que amorteceu o impacto da bala

Analista de sistemas estacionava a moto em frente a uma faculdade; ele chegou a se fingir de morto para evitar novo disparo

ARTUR RODRIGUES
DO "AGORA"

Um homem foi baleado na cabeça anteontem à noite em frente a uma faculdade em Pinheiros (zona oeste de São Paulo) durante um assalto. Ele sobreviveu graças ao capacete -o equipamento amorteceu o impacto e desviou a trajetória da bala, que o feriu de raspão.
O analista de sistemas Haroldo Batista Grave, 37, foi assaltado quando estacionava sua motocicleta em frente à Faculdade Sumaré. Ele foi buscar a mulher, estudante da instituição.
Grave foi abordado em frente à faculdade por três homens - dois deles estavam em uma moto e um deles, em outra.
Segundo o analista, os criminosos atiraram antes mesmo que ele conseguisse estacionar a moto. Grave disse que não reagiu ao assalto. "Só os ouvi mandando descer; e o tiro."
Ele diz acreditar que só sobreviveu porque se fingiu de morto quando estava no chão. "Para dar mais um [tiro] não custava nada", afirmou (leia texto abaixo).
Após atirarem, os bandidos levaram a motocicleta, uma Honda CBX de 500 cilindradas, e o capacete, que foi arrancado da cabeça dele.
Os ladrões fugiram -a moto roubada foi encontrada em Pirituba (zona norte de São Paulo). O veículo, que foi devolvido à vítima, teria sido abandonado após um dos criminosos cair. Ninguém foi preso.

"Nasceu de novo"
Grave recebeu tratamento no Hospital das Clínicas. No local, apenas um ponto cirúrgico foi dado na cabeça dele. "Os médicos disseram para ele: "Parabéns, você nasceu de novo'", conta Priscila Aureliano, 25, mulher da vítima.
A estudante presenciou toda a ação dos criminosos, na hora da saída da faculdade, quando havia grande concentração de pessoas na rua Capote Valente. Por alguns momentos, disse que chegou a acreditar que o marido estava morto. "Ouvi pelo menos três tiros. Eles saíram atirando em quem estivesse passando."
Segundo ela, Grave não é a primeira vítima de roubo em frente à instituição de ensino. "Faltam seguranças em frente à faculdade e também iluminação pública", afirmou.
Procurada pela reportagem, a Faculdade Sumaré afirma que tem "controladores de acesso", em frente à instituição na hora da saída dos estudantes. O Ilume, órgão da prefeitura responsável pela iluminação, afirma que vai verificar o problema.


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