São Paulo, Quinta-feira, 06 de Janeiro de 2000


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Obra na Dutra pode demorar até 60 dias

GONZALO NAVARRETE
da Reportagem Local

A rodovia Presidente Dutra vai continuar operando com interdições por até 60 dias.
Esse é o prazo máximo que a NovaDutra divulgou ontem para finalizar as obras de retirada das barreiras e contenção das encostas que deslizaram por causa das chuvas que atingem a rodovia desde o último final de semana.
O diretor de obras da NovaDutra, Leonardo Vianna, afirmou que as interdições não vão interferir no tráfego da rodovia, que teve ontem um quilômetro de congestionamento nos trechos onde ocorreram quedas de barreira.
Segundo Vianna, os congestionamentos de até 26 quilômetros registrados na virada de domingo para segunda-feira foram consequência exclusiva do transbordamento de um rio na altura de Resende, no Rio de Janeiro.
A inundação provocou o bloqueio total da Dutra por quase 18 horas, que durou da noite de domingo até as 14h da segunda.
"A inundação provocou um represamento do tráfego. Quando a rodovia foi liberada, os veículos se depararam com pontos de estreitamento em Lavrinhas", disse.
"Mas os trechos que apresentam interdição apresentam tráfego baixo e a situação já está normalizada desde o final da tarde de terça-feira e para realizar as obras de contenção precisaremos manter os trechos parcialmente bloqueados."
A rodovia Presidente Dutra continua com dois trechos de interdição na altura de Lavrinhas (215 km a nordeste de São Paulo).
O mais crítico é o da altura do km 17, onde uma queda de barreira causou o bloqueio da pista sentido Rio-São Paulo. A pista do sentido contrário opera desde anteontem em mão dupla.
O outro ponto fica no km 22, onde o sentido Rio-São Paulo está operando com apenas meia pista por causa de um ponto de erosão.
A Associação Brasileira de Defesa do Contribuinte informou que os motoristas prejudicados podem entrar com ação de indenização por perdas e danos morais e materiais contra a NovaDutra, caso se comprove que houve negligência da concessionária no serviço de conservação da rodovia.
Cerca de 9.000 veículos ficaram ilhados na altura de Resende em decorrência das enchentes. Segundo cálculo do consultor de transportes Pedro Szasz, da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) de São Paulo, os prejuízos dos motoristas podem chegar a R$ 2,2 milhões, levando-se em conta uma perda de R$ 14/hora por veículo ilhado, valor calculado com base em parâmetros internacionais de trânsito.
O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) informou que deve liberar até amanhã as cinco rodovias sob sua jurisdição que apresentam bloqueios.



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