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Obra na Dutra pode demorar até 60 dias
GONZALO NAVARRETE
da Reportagem Local
A rodovia Presidente Dutra vai
continuar operando com interdições por até 60 dias.
Esse é o prazo máximo que a
NovaDutra divulgou ontem para
finalizar as obras de retirada das
barreiras e contenção das encostas que deslizaram por causa das
chuvas que atingem a rodovia
desde o último final de semana.
O diretor de obras da NovaDutra, Leonardo Vianna, afirmou
que as interdições não vão interferir no tráfego da rodovia, que teve
ontem um quilômetro de congestionamento nos trechos onde
ocorreram quedas de barreira.
Segundo Vianna, os congestionamentos de até 26 quilômetros
registrados na virada de domingo
para segunda-feira foram consequência exclusiva do transbordamento de um rio na altura de Resende, no Rio de Janeiro.
A inundação provocou o bloqueio total da Dutra por quase 18
horas, que durou da noite de domingo até as 14h da segunda.
"A inundação provocou um represamento do tráfego. Quando a
rodovia foi liberada, os veículos se
depararam com pontos de estreitamento em Lavrinhas", disse.
"Mas os trechos que apresentam interdição apresentam tráfego baixo e a situação já está normalizada desde o final da tarde de
terça-feira e para realizar as obras
de contenção precisaremos manter os trechos parcialmente bloqueados."
A rodovia Presidente Dutra
continua com dois trechos de interdição na altura de Lavrinhas
(215 km a nordeste de São Paulo).
O mais crítico é o da altura do
km 17, onde uma queda de barreira causou o bloqueio da pista sentido Rio-São Paulo. A pista do
sentido contrário opera desde anteontem em mão dupla.
O outro ponto fica no km 22,
onde o sentido Rio-São Paulo está
operando com apenas meia pista
por causa de um ponto de erosão.
A Associação Brasileira de Defesa do Contribuinte informou que
os motoristas prejudicados podem entrar com ação de indenização por perdas e danos morais e
materiais contra a NovaDutra, caso se comprove que houve negligência da concessionária no serviço de conservação da rodovia.
Cerca de 9.000 veículos ficaram
ilhados na altura de Resende em
decorrência das enchentes. Segundo cálculo do consultor de
transportes Pedro Szasz, da CET
(Companhia de Engenharia de
Tráfego) de São Paulo, os prejuízos dos motoristas podem chegar
a R$ 2,2 milhões, levando-se em
conta uma perda de R$ 14/hora
por veículo ilhado, valor calculado com base em parâmetros internacionais de trânsito.
O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) informou
que deve liberar até amanhã as
cinco rodovias sob sua jurisdição
que apresentam bloqueios.
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