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INFÂNCIA
Parceria melhora a assistência aos jovens infratores
DA REPORTAGEM LOCAL
As políticas de atendimento
voltadas para crianças e adolescentes deverão ser fruto de um
conjunto de ações articuladas entre governos e entidades não-governamentais. É o que prevê um
dos artigos do Estatuto da Criança
e do Adolescente (ECA), e é na articulação dessas esferas que a
Fundação Abrinq mobiliza entidades, governos e empresas a fim
de melhorar a qualidade de vida
de crianças e jovens.
Uma das discussões que a fundação colocou em pauta no ano
passado junto aos governos municipal, estadual e federal, em São
Paulo, é a municipalização da
aplicação de medidas sócioeducativas em meio aberto. Ou seja, colocar sob responsabilidade das
administrações municipais aquelas atividades realizadas pelos jovens infratores em liberdade assistida.
A aplicação dessas medidas está
prevista no ECA e pressupõe uma
gradação de penas conforme a
gravidade da infração e também
do comportamento do adolescente. Através da liberdade assistida,
por exemplo, o jovem tem a vida
social acompanhada tanto na escola quanto no trabalho e na família. Estar perto da comunidade
em que vive facilita, segundo especialistas, a ressocialização desse
adolescente.
"Que a liberdade assistida é, em
geral, mais eficiente como forma
de recuperação não é novidade.
Mas isso ainda não foi enxergado
plenamente pelo meio jurídico,
que, muitas vezes, insiste em privar o jovem da liberdade", afirma
Lourival Nonato dos Santos, presidente do Conselho Municipal
dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Paulo.
Para Itamar Batista, coordenador do Programa Nossas Crianças, da Abrinq, é a primeira vez
que todas as esferas de governo se
juntam para discutir o assunto.
Segundo ele, São Paulo será pioneira na implementação da municipalização dessas medidas.
Segundo a prefeitura, está prevista para este ano a inclusão de
outras parcerias e a municipalização. Um dos programas já desenvolvidos pela administração paulistana é o de prestação de serviços à comunidade, que tem por
objetivo a realização de tarefas na
comunidade com intuito de promover a reinserção dessa criança
ou adolescente infrator.
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