São Paulo, quarta-feira, 06 de janeiro de 2010

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"Caiu como folha de papel", diz sobrevivente

COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM AGUDO (RS)
DA AGÊNCIA FOLHA

Um estrondo parecido com um trovão soou no instante em que a ponte "desemendou" e caiu "como uma folha de papel", disse o aposentado Élio Neldo Prade, 57, arremessado para dentro do rio enquanto fotograva a cheia em Agudo (RS).
Após submergir, ele se agarrou a um cabo arrebentado, que usou como corda. Um "arbusto", na verdade a copa de uma árvore parcialmente submersa, serviu de abrigo a ele e outros.
"Foi a parte mais dramática. Estávamos conscientes e víamos o nível da água aumentar. A correnteza nos pressionava para baixo, e não tínhamos força para subir mais na árvore", diz Prade. O grupo foi salvo por um barco da prefeitura.
Perto dali estava o agricultor Mauro Hatschbach, 37, que chegou a correr pela ponte enquanto ela desmoronava, mas não alcançou terra firme a tempo. Após cair, nadou 50 m contra a correnteza e buscou abrigo também em uma árvore. Ele diz que viu outro homem ser arrastado rio abaixo.
A família de Renato Camargo, 42, acredita que ele teve destino parecido. Ele e o irmão Alex, 40, passavam pela ponte, cada um em sua moto, no momento em que as águas do Jacuí quase tocavam a pista, segundo Alex. Renato estacionou e parou para fotografar a cheia.
Alex, que ia na frente, diz que ouviu um barulho forte pouco depois de cruzar a ponte, mas seguiu viagem e só de deu conta do sumiço do irmão quando voltou com os pais ao local.


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