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"Caiu como folha de papel", diz sobrevivente
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM AGUDO (RS)
DA AGÊNCIA FOLHA
Um estrondo parecido com
um trovão soou no instante em
que a ponte "desemendou" e
caiu "como uma folha de papel", disse o aposentado Élio
Neldo Prade, 57, arremessado
para dentro do rio enquanto fotograva a cheia em Agudo (RS).
Após submergir, ele se agarrou a um cabo arrebentado, que
usou como corda. Um "arbusto", na verdade a copa de uma
árvore parcialmente submersa,
serviu de abrigo a ele e outros.
"Foi a parte mais dramática.
Estávamos conscientes e víamos o nível da água aumentar.
A correnteza nos pressionava
para baixo, e não tínhamos força para subir mais na árvore",
diz Prade. O grupo foi salvo por
um barco da prefeitura.
Perto dali estava o agricultor
Mauro Hatschbach, 37, que
chegou a correr pela ponte enquanto ela desmoronava, mas
não alcançou terra firme a tempo. Após cair, nadou 50 m contra a correnteza e buscou abrigo também em uma árvore. Ele
diz que viu outro homem ser
arrastado rio abaixo.
A família de Renato Camargo, 42, acredita que ele teve
destino parecido. Ele e o irmão
Alex, 40, passavam pela ponte,
cada um em sua moto, no momento em que as águas do Jacuí quase tocavam a pista, segundo Alex. Renato estacionou
e parou para fotografar a cheia.
Alex, que ia na frente, diz que
ouviu um barulho forte pouco
depois de cruzar a ponte, mas
seguiu viagem e só de deu conta
do sumiço do irmão quando
voltou com os pais ao local.
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