São Paulo, quarta-feira, 06 de janeiro de 2010

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Família fez de sua casa uma "Cruz Vermelha"

DO ENVIADO ESPECIAL A SÃO LUIZ DO PARAITINGA

Desde a manhã de segunda-feira, o total de pessoas e de recursos disponibilizados para ajudar as vítimas das enchentes de São Luiz do Paraitinga chama a atenção.
São tantos os voluntários que alguns chegam a ser recusados. Há água potável com fartura. Comida chega em caminhões.
Nos dois primeiros dias de enchente, os mais críticos, a situação era muito diferente. Boa parte da população, em especial os cerca dos 5.000 que ficaram ilhados no Alto do Cruzeiro, teve de contar com o apoio da própria comunidade.
A família Rocha, por exemplo, transformou sua casa numa espécie de posto da Cruz Vermelha. De lá saiu praticamente toda a água que abasteceu a população nesse período. Também foram distribuídas refeições prontas. O leite das vacas foi doado. Os veículos da família se tornaram públicos.
O local é conhecido como a Casa do Bozó, em referência ao apelido do autônomo Benedito Paulo da Rocha, 51. O apelido, explica, vem de um antigo jogador do Guarani e, também, pela aparência com um personagem de Chico Anísio. "Nós fizemos esse lugar para isso mesmo: ajudar as pessoas", afirmou Bozó. "Nós temos uma mina que dá essa água branquinha."
A Folha esteve na casa da família Rocha no domingo. Dezenas de pessoas chegavam e saíam como num campo de refugiados. Havia fila para o leite e para a comida. Uma dezena de vezes Bozó teve de interromper a conversa para atender os pedidos. Além de Bozó, a legião dos Rocha contou com parentes, entre eles oito irmãos e sua mãe, dona Lica, 70.


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