São Paulo, sexta-feira, 06 de fevereiro de 2009

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Não se deve tentar dialogar com bandido nem reagir, diz polícia

DA REPORTAGEM LOCAL

Nunca reagir. Essa é a orientação da Polícia Civil a quem não quer ingressar nas estatísticas das vítimas de latrocínio. "Só nos filmes a reação dá certo, de o bandido estar com o dedo no gatilho e a vítima conseguir se dar bem", disse o delegado Marcos Carneiro, do DHPP.
O bandido em grande parte dos casos não tem intenção de matar, mas atira porque está com adrenalina elevada, sob efeito de drogas, e por falta de habilidade com a arma, afirma. "Ele não tem um ódio pessoal da vítima. Para ele, tanto faz ser Antônio, Pedro, João."
Carneiro diz que, embora pareça absurdo, moradores de metrópoles têm de estar preparados psicologicamente caso sejam alvo de um roubo. "Do outro lado está uma pessoa altamente sob tensão, que não tem o que perder. E você tem."
O delegado recomenda não tentar dialogar. "Não fique argumentando. Apenas cumpra o que ele [bandido] está pedindo, para que seja tudo breve."
Carneiro diz que é grande o nível de dificuldade para a polícia encontrar os criminosos envolvidos em latrocínio porque nos casos de homicídio, por exemplo, a investigação tem início nas ações da vítima -quem poderia querer matá-la. Já no latrocínio, o ladrão e o morto não têm ligação nenhuma. Diante disso, diz, a polícia cada vez mais recorre a emissoras de TV, que em geral obtêm imagens de circuito interno que mostram a ação. Sempre há denúncias anônimas quando há divulgações desse tipo, diz.


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