São Paulo, sexta-feira, 06 de fevereiro de 2009

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Com suíte de R$ 15 mil, novo hotel-butique na al. Santos ressuscita antigo Sheraton

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um relógio Rolex de um metro de raio pendurado sobre a porta de um dos elevadores do saguão faz os operários correrem contra o tempo. Ele marca a hora da inauguração do mais novo hotel-butique de São Paulo, prevista para o dia 15 deste mês.
Lá já existiram um Sheraton, um Meliá, e agora surge um Tivoli, de bandeira portuguesa, no mesmo prédio da alameda Santos com a praça Alexandre de Gusmão, com vista do parque Trianon e da silhueta dos prédios dos Jardins e da avenida Paulista.
A abertura do novo hotel cinco estrelas vem na esteira da mudança do perfil da hotelaria da região central, que ao mesmo tempo em que perdeu ícones como o Caesar Park da rua Augusta, o Crowne Plaza da Frei Caneca, o Hilton da avenida Ipiranga e o Othon do viaduto do Chá, ganhou hotéis-design como o Emiliano e o Fasano e opções baratas das redes Ibis e Formule 1.
O prédio, construído na década de 1980 e de propriedade da família Mofarrej, foi arrendado aos portugueses do Tivoli por 20 anos em troca de uma reforma de R$ 9 milhões. São 220 apartamentos em 23 andares que receberam tudo novo, do banheiro aos colchões.
Na suíte presidencial de uns 750 m2 (a R$ 15 mil a diária), que o hotel diz ser a maior da América Latina, já se hospedaram Michael Jackson, Tina Turner, o espanhol José Luis Zapatero, o argentino Carlos Menem, a rainha Sílvia da Suécia (que deu até festa) e o príncipe Naruhito do Japão, o último a apagar as luzes antes da reforma de sete meses.
"O conceito é outro, quero um hotel voltado para o mercado do luxo", explica a dona, Carín Mofarrej, que aponta uma parede forrada de ladrilho: "Está muito requintado".
Entre os mimos para os hóspedes estão mordomos para fazer e desfazer as malas, engraxates nos quartos, cafeteiras de R$ 2.000 no frigobar e oito massoterapeutas trazidas da Tailândia para o spa. A diária vai de R$ 650 a R$ 2.500.
"Para cada 20 hotéis que abrem, um ou outro fechou. O que mais recebo são estrangeiros querendo comprar hotéis prontos em São Paulo e não tenho", afirma Caio Luiz de Carvalho, presidente da SPTuris. "Diretores do Four Seasons estiveram aqui na semana passada para negociar a entrada do grupo no Brasil."
Segundo ele, a rede hoteleira paulista tem hoje 46 mil quartos, o dobro do Rio e mil a mais que Nova York. A poucas quadras do novo Tivoli, na mesma alameda Santos, ficam o Renaissance, o Tulip e o Intercontinental, redes concorrentes estrangeiras.


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