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Só carreira atraente diminui déficit, afirma entidade
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
O presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Roberto Leão, disse que "usar recursos públicos e depois prestar
serviço é um princípio positivo". Porém, diz, "para acabar
com o déficit de professores é
preciso ter carreira atraente,
que chame os interessados".
Ele disse ainda que "colocar
um profissional na escola pública apenas porque ele precisa
pagar dívida pode manter a situação de descontentamento".
Já o conselheiro do Cremesp
(conselho regional de medicina
de SP), Bráulio Luna Filho, disse que a proposta é positiva. "As
classes mais baixas poderão estudar medicina. A contrapartida também poderia ser exigida
dos formados nas universidades públicas, que também usaram verbas públicas."
Elizabeth Balbachevsky, do
Núcleo de Pesquisa de Políticas
Públicas da USP, é contrária à
medida do MEC. "Eles encararão o trabalho como voluntariado. Não é assim que se melhora saúde e educação." Para
ela, deveria haver mais acesso
ao crédito, mas que fosse pago
pelo aluno. "A verba pública
não consegue financiar todas as
necessidades. A devolução poderia ser após o formado chegar
a uma renda razoável."
Ela diz desconhecer a aplicação do modelo apresentado pelo MEC em outros países.
Já Simon Schwartzman, ex-presidente do IBGE e membro
do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade, afirma que
"é melhor subsidiar áreas com
carências identificadas do que
de maneira geral, como se faz
hoje com as universidades públicas gratuitas para todos".
O presidente da Associação
Nacional de Médicos Residentes, Romes Souza, diz que "seria interessante um plano de
carreira para que o médico fosse para áreas carentes e depois
pudesse voltar a centros mais
bem estruturados".
(AP e FT)
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