São Paulo, sábado, 06 de março de 2010

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"Não gosto da ostentação da alta sociedade de hoje", diz Francisco Scarpa, 100

RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL

A alta sociedade paulistana tem compromisso hoje no Jardim América. O industrial Francisco Scarpa receberá um seleto grupo de convidados em seu casarão para um jantar de aniversário. Ele completa cem anos.
Scarpa recebeu a Folha anteontem. Sentado numa poltrona com a cachorrinha da família no colo, ele deu as boas-vindas entregando seu longo currículo num papel.
Dirigiu 30 empresas, de bancos a cervejarias, e se elegeu prefeito de Rio Claro (SP) e deputado federal. O título mais conhecido, porém, não estava na folha. É pai do lendário conde-playboy Chiquinho Scarpa, 57.
Ele abre um sorriso quando ouve "playboy": "O estilo do meu filho é outro. Sempre fui simples e tranquilo". Em casa, é "seu Chico".
"As pessoas da alta sociedade eram simples e tranquilas na minha mocidade", continua. "Atualmente quem tem dinheiro gosta de se exibir com helicóptero e avião. Já tive aviões, mas eram passatempo. Não gosto dessa ostentação de hoje."
O industrial mora no casarão desde 1950, logo após casar-se com Patsy Scarpa. "Minha vida sempre foi regrada. Nunca fumei. Mas também devo os cem anos a Patsy, que cuida maravilhosamente bem de mim."
Patsy, 83, chama o marido de "Chiquilim". Além de Chiquinho, têm duas filhas.
Outrora frequentadores das colunas sociais, agora vão com parcimônia a festas. À noite, gostam de passear de carro pelas ruas Oscar Freire e Augusta e parar para um "drink". "Bebo pouco", diz Scarpa. "Só não resisto ao champanhe. Tomo com prazer."


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