|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Parentes da vítima choram ao ouvir a decisão
da Sucursal de Brasília
Parentes do índio Galdino Jesus
dos Santos presentes ao julgamento do recurso choraram com a decisão dos desembargadores.
"Essa justiça daqui não ajuda
ninguém. Como é que um filho de
juiz bota fogo no meu filho e não
acontece nada? Queria eles (os
acusados) presos. Se fosse eu, botava fogo neles do mesmo jeito,
para saberem como seria bom",
disse, enquanto chorava. Ela viajou cerca de 24 horas de ônibus
para assistir ao julgamento.
Anaiá Pataxó, parente de Galdino, gritou chorando que não existe justiça no país. "Nós fomos os
primeiros neste país, vamos fazer
justiça com as próprias mãos."
Caso sejam julgados por lesão
corporal seguida de morte, os rapazes não vão a júri. O julgamento
é feito por um único juiz. Se forem
condenados à pena máxima de lesão corporal seguida de morte (12
anos), o que é provável por serem
primários, ficarão presos mais um
ano e dois meses.
A promotora Maria José Pereira
disse, em entrevista ao lado do advogado de defesa Heraldo Paupério, que está confiante de que o
Superior Tribunal de Justiça vai
acolher seu recurso.
"A decisão foi de uma injustiça
terrível, até dói, mas estou confiante, vamos interpor recurso para o STJ revogar essa decisão."
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|