São Paulo, quinta-feira, 06 de abril de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Causa ainda é desconhecida

AURELIANO BIANCARELLI
da Reportagem Local

O surto de meningite que vem atacando a região de Campinas já completou três meses, mas ainda não ganhou nome nem sobrenome. Até ontem, o Instituto Adolfo Lutz não tinha identificado o agente etiológico causador.
Sabe-se até agora que não se trata de meningite meningogócica, a forma mais grave da doença. O que não é garantia de tranquilidade, afirma o infectologista e professor Vicente Amato Neto. Segundo ele, "é errado chamar este tipo de meningite de viral".
O nome adequado é o de meningite linfomonocitária, porque no líquido cefaloraquidiano dos pacientes vem sendo encontrada uma quantidade maior de glóbulos brancos denominados monócitos e linfócitos.
O aumento desses glóbulos indica uma inflamação da meninge que pode ser causada por vírus, fungos, protozoários ou bactérias.
"Sem saber qual o agente causador, não há como controlar a doença", diz David Uip, da Faculdade de Medicina da USP.
Amato Neto afirma que, se um surto parecido acontecesse nos EUA, equipes do CDC (Centro de Controle de Doenças) seriam enviadas ao local e o agente causador já teria sido identificado.
Roberto Badaró, infectologista consultor da Organização Mundial da Saúde, tranquiliza afirmando que, a esta altura, a maioria da população já estaria resistente ao vírus, e a tendência é de queda nos casos da doença.


Texto Anterior: Febre amarela: Comitê internacional vai investigar reação a vacina
Próximo Texto: Vacinação é retomada em SP
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.