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Causa ainda é desconhecida
AURELIANO BIANCARELLI
da Reportagem Local
O surto de meningite que vem
atacando a região de Campinas já
completou três meses, mas ainda
não ganhou nome nem sobrenome. Até ontem, o Instituto Adolfo
Lutz não tinha identificado o
agente etiológico causador.
Sabe-se até agora que não se trata de meningite meningogócica, a
forma mais grave da doença. O
que não é garantia de tranquilidade, afirma o infectologista e professor Vicente Amato Neto. Segundo ele, "é errado chamar este
tipo de meningite de viral".
O nome adequado é o de meningite linfomonocitária, porque
no líquido cefaloraquidiano dos
pacientes vem sendo encontrada
uma quantidade maior de glóbulos brancos denominados monócitos e linfócitos.
O aumento desses glóbulos indica uma inflamação da meninge
que pode ser causada por vírus,
fungos, protozoários ou bactérias.
"Sem saber qual o agente causador, não há como controlar a
doença", diz David Uip, da Faculdade de Medicina da USP.
Amato Neto afirma que, se um
surto parecido acontecesse nos
EUA, equipes do CDC (Centro de
Controle de Doenças) seriam enviadas ao local e o agente causador já teria sido identificado.
Roberto Badaró, infectologista
consultor da Organização Mundial da Saúde, tranquiliza afirmando que, a esta altura, a maioria da população já estaria resistente ao vírus, e a tendência é de
queda nos casos da doença.
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