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Manifestantes pedem aprovação de pesquisas com células tronco no STF
Sergio Lima/Folha Imagem
| Protesto pede mais velocidade no julgamento sobre uso de células troncos embrionárias |
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Cerca de 250 manifestantes
deram ontem um abraço simbólico no STF (Supremo Tribunal Federal) para protestar
contra a demora em julgar a
constitucionalidade das pesquisas científicas com células
tronco embrionárias.
Sob o olhar de seguranças e
da Polícia Militar, eles soltaram balões, além de distribuir
flores. "Minha esperança está
congelada", dizia um cartaz levado pelos manifestantes.
"Sabemos que será apertado, mas não dá para saber o resultado. Só queremos que votem logo", disse Gabriela Costa, coordenadora do Movimento em Prol da Vida.
O Supremo analisa se o uso
de células tronco embrionárias em pesquisas científicas
fere ou não a Constituição federal. O julgamento foi interrompido em 5 de março, porque o ministro Carlos Alberto
Menezes Direito pediu vista
do processo -um mecanismo
previsto em lei para avaliar
mais detidamente os autos.
A assessoria de imprensa do
Supremo informou ontem que
amanhã vence o prazo do pedido de vista de Direito e o
processo volta à pauta do tribunal nos próximos dias. No
mês passado, apenas os ministros Carlos Ayres Brito, que
relata o processo, e Ellen Gracie chegaram a apresentar
seus votos. Ambos favoráveis à
legalidade das pesquisas.
A ligação de Direito com a
Igreja Católica foi alvo de críticas de manifestantes. A CNBB
(Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil) é contrária à
pesquisa. A Folha não conseguiu falar com Direito.
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